Os trabalhadores da Boeing, que estão em greve há cinco semanas, podem ver um fim para a paralisação com a nova proposta da empresa, que inclui um aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos. Essa oferta, apresentada pela fabricante de aeronaves, é uma tentativa de resolver o impasse que afeta a produção do 737 MAX, um dos modelos mais populares da Boeing.

A greve, que começou em 13 de setembro, envolve cerca de 33.000 funcionários sindicalizados, principalmente na Costa Oeste dos Estados Unidos, com uma concentração significativa no estado de Washington. A International Association of Machinists and Aerospace Workers Local 751, sindicato que representa esses trabalhadores, rejeitou anteriormente uma proposta inicial da Boeing e agora se prepara para votar na nova oferta.

A proposta atual inclui um bônus de US$ 7.000, um plano de incentivo e contribuições aumentadas para os planos de aposentadoria dos trabalhadores. A Boeing também se compromete a fazer uma contribuição única de US$ 5.000, além de até 12% em contribuições do empregador. A empresa enfatizou a importância dessa proposta, esperando que os funcionários reconheçam as melhorias em comparação com a oferta anterior, que previa um aumento salarial de 30%.

A greve dos trabalhadores da Boeing não é apenas uma questão de aumento salarial; é também uma luta por melhores condições de trabalho e benefícios. Desde o início das negociações, os trabalhadores têm buscado um aumento salarial de 40% e a restauração da aposentadoria definida, que foi retirada em negociações anteriores. A mobilização dos trabalhadores reflete uma insatisfação crescente com as condições de trabalho na indústria aeronáutica, exacerbada por desafios econômicos e mudanças nas demandas do mercado.

As negociações contaram com a presença de mediadores federais, mas ainda assim, a primeira proposta da Boeing foi amplamente rejeitada. O sindicato tem enfatizado aos trabalhadores que o futuro do contrato está em suas mãos e que a decisão de aceitar ou não a nova oferta é crucial para determinar o futuro da greve e as condições de trabalho.

A paralisação impactou significativamente a produção do 737 MAX, que é um dos aviões mais vendidos da Boeing. A interrupção na produção não apenas afeta a empresa, mas também toda a cadeia de suprimentos associada, incluindo fornecedores e fabricantes de peças. A Boeing tem enfrentado desafios adicionais nos últimos anos, e a greve representa um novo obstáculo em sua recuperação.

Com a nova proposta em pauta, a Boeing está apostando na expectativa de que seus trabalhadores considerem a oferta como um passo positivo em direção a uma resolução. A empresa enfatizou que o futuro da produção e a estabilidade financeira dos trabalhadores dependem de um acordo rápido. Assim, o desfecho da votação poderá ter consequências de longo alcance, não apenas para os empregados, mas também para a própria Boeing e para a indústria aeronáutica como um todo.