Gafisa (GFSA3): Esh Capital diminui participação para 4%
Mais um capítulo na disputa societária entre a Gafisa (GFSA3) e a Esh Capital. A gestora liderada por Vladimir Timerman reduziu sua participação na incorporadora para 4,041% do capital social da empresa, o que equivale a pouco mais de 2,8 milhões de ações. Essa redução de participação ocorreu após a incorporadora contestar judicialmente a convocação […]

Mais um capítulo na disputa societária entre a Gafisa (GFSA3) e a Esh Capital. A gestora liderada por Vladimir Timerman reduziu sua participação na incorporadora para 4,041% do capital social da empresa, o que equivale a pouco mais de 2,8 milhões de ações.
Essa redução de participação ocorreu após a incorporadora contestar judicialmente a convocação de uma assembleia feita pela gestora, que buscava aprovar uma proposta para destituir o atual conselho de administração. Como resultado, a Gafisa conseguiu bloquear ações de propriedade da gestora na empresa.
Antes dessa redução, a Esh detinha aproximadamente 20% do capital da companhia.
No mercado, as ações da Gafisa (GFSA3) estão enfrentando uma forte queda nas primeiras horas do pregão. Por volta das 10h45, os papéis registravam uma queda de 6,09%, sendo negociados a R$6,48 na B3. Em um período de um ano, a desvalorização acumulada atinge 26%.
Recapitulando os episódios recentes da briga entre a Gafisa e a Esh Capital
Não está claro se a redução da participação significa que a Esh desistiu da disputa com o empresário Nelson Tanure na Gafisa.
A Esh, conhecida por seu ativismo, argumenta que Tanure deveria lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações da Gafisa na B3 após atingir uma participação direta e indireta acima de 30%, conforme previsto no estatuto da empresa.
Supostamente, essa participação estaria oculta em veículos sob gestão da Planner Corretora, Trustee DTVM e do Banco Master, embora as instituições neguem qualquer ligação entre si.
Até agora, a Gafisa tem prevalecido nesta disputa corporativa.
Em março, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) considerou ilegal a convocação de uma assembleia de acionistas da incorporadora para 18 de março feita pela Esh.
A controvérsia na xerife do mercado de capitais brasileiro girou em torno da data da reunião, já que a Gafisa havia agendado sua assembleia para 26 de abril e não reconheceu a convocação da Esh.
Logo depois, a Gafisa não foi mais obrigada a realizar assembleias para deliberar sobre os temas propostos pela Esh, incluindo a reunião de 26 de abril, de acordo com uma decisão da Justiça de São Paulo.