Apple e Microsoft pagam os maiores dividendos do mundo
As gigantes da tecnologia Microsoft (MSFT34) e Apple (AAPL34) foram as duas maiores pagadoras de dividendos do mundo em 2023, saindo da terceira e quinta posições, respectivamente, para ocuparem o primeiro e segundo lugares no ano passado. Os dados têm como base o Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, divulgado nesta quarta-feira (13). […]

As gigantes da tecnologia Microsoft (MSFT34) e Apple (AAPL34) foram as duas maiores pagadoras de dividendos do mundo em 2023, saindo da terceira e quinta posições, respectivamente, para ocuparem o primeiro e segundo lugares no ano passado. Os dados têm como base o Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, divulgado nesta quarta-feira (13).
As companhias norte-americanas figuram no Top 10 do ranking desde 2017. Em 2020, a Microsoft alcançou a primeira posição. A Apple, por sua vez, ocupou o segundo lugar há seis anos, em 2018.
Embora o relatório da gestora não forneça os valores exatos dos pagamentos feitos por cada uma das empresas, ele menciona que o aumento da Microsoft foi de dois dígitos. De acordo com o documento, as empresas, juntamente com a Broadcom (que apresentou uma elevação similar), “contribuíram com mais de um décimo do crescimento dos dividendos nos EUA em 2023”.
Ocupando a terceira posição, a petroleira Exxon Mobil, que também é uma figurinha carimbada no ranking, divulgado trimestralmente.
Essa mudança de posições ocorreu após a Petrobras cortar o equivalente a R$50 bilhões em dividendos no ano passado, saindo assim da lista das maiores pagadoras. Em 2022, a petroleira liderava o levantamento.
Dividendos norte-americanos tem crescido todos os anos, desde 2011
As empresas dos Estados Unidos continuam dominando, disparadamente, o cenário como as maiores pagadoras de dividendos do mundo. Em 2023, o volume distribuído bateu recorde, alcançando US$602 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Segundo a Janus Henderson, o crescimento dos dividendos nos EUA tem sido quase o dobro do restante do mundo.
Ainda em 2023, 95% das empresas norte-americanas mapeadas pela gestora aumentaram ou mantiveram estáveis seus pagamentos, um percentual muito acima da média global de 86%.
Quanto à Microsoft e à Apple, a Microsoft tem distribuído dividendos crescentes aos seus acionistas desde 2005, aumentando o valor pago por ação mais de oito vezes nesse período. Em 2023, o desembolso total em dividendos foi de aproximadamente US$20,73 bilhões.
Já a Apple tem um histórico de dividendos crescentes desde 2015, com um aumento mais moderado comparado à Microsoft, chegando a US$14,67 bilhões em dividendos distribuídos no ano passado, considerando o número de ações em circulação.
Em relação aos outros países, o Reino Unidos se posiciona em segundo lugar. Porém, mesmo possuindo muitas empresas “dividendeiras”, o volume de distribuição (US$85,9 bilhões) é mais de seis vezes menor do que o dos EUA. Na terceira posição está o Japão, com US$78,9 bilhões.
No que diz respeito aos setores, os bancos lideraram a maior distribuição de dividendos no ano passado, totalizando US$219,9 bilhões. Em seguida, aparecem as empresas de óleo e gás, com US$148,1 bilhões, e as farmacêuticas, com US$101,9 bilhões.