Inflação do verão!
Por Juliana Magano Sonho vira pesadelo quando a conta chega! Se por um lado, o verão é época de férias, praia, carnaval e muita alegria, por outro é tempo de calor extremo, chuvas intensas e… contas altas. O verão está batendo recordes de temperatura e, até o fim de março, muitos brasileiros vão tentar aliviar […]
Desperate woman sitting at her desk at home and checking an expensive invoice: payments, taxes and bills concept
Por Juliana Magano
Sonho vira pesadelo quando a conta chega!
Se por um lado, o verão é época de férias, praia, carnaval e muita alegria, por outro é tempo de calor extremo, chuvas intensas e… contas altas.
O verão está batendo recordes de temperatura e, até o fim de março, muitos brasileiros vão tentar aliviar o calor com a ajuda do ar-condicionado. Mas, é importante ficar alerta: certas atitudes fazem o consumo de energia aumentar e a conta de eletricidade disparar. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), a expectativa é que, em 2024, a conta de luz aumente 6,58%, podendo chegar a 10,4%.
Já é possível identificar esse movimento de aumento desde novembro, quando a carga de energia bateu recordes, por conta das ondas de calor. Hoje, boa parte do consumo é atendido pela geração de fontes renováveis, como as hidrelétricas, que estão com seus reservatórios quase cheios.
Para atender a alta demanda nos horários de pico e prevenir os blecautes, cada vez mais comuns, a Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou aumentar a capacidade, pressionando as contas de luz.
Preciso me refrescar!
Se o ar condicionado contribui para o aumento da conta de luz, os múltiplos banhos que nós tomamos no verão, também fazem disparar a conta de água.
Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas) cada indivíduo necessita de 3,3 mil litros de água por mês, cerca de 110 litros de água por dia, para atender às necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia e tende a aumentar significativamente em dias mais quentes.
Inflação da Chuva atinge até a mesa brasileira
Além das contas de água e luz, outra coisa também vai pesar no bolso dos brasileiros durante o verão: a alimentação. As chuvas, tradicionais nesse período (já cantava Elis Regina e Tom Jobim), estão contribuindo para o aumento no preço dos alimentos, principalmente de hortifruit, como hortaliças, legumes, frutas e verduras.
O clima está mais hostil, sem dúvidas: chove muito e o sol está cada vez mais intenso. Com isso, a produção dos alimento “in natura” tende a cair. E, além disso, a alteração climática provocada pelo El Niño intensificou o calor da estação e aumentou, ainda mais, o volume de chuvas. A boa notícia é que os preços devem cair no outono, quando essa onda de calor passar.
Segundo o IPCA, os preços de alimentos e bebidas subiram 0,56%, em dezembro de 2023. O índice referente a janeiro, será divulgado hoje, quinta-feira, 8. Entre os maiores aumentos está o pepino, com alta de 35,32%, seguido pela batata-inglesa (19,09%), a abobrinha (16,25%), o repolho (11,88%) e tubérculos, raízes e legumes (8,09%). Entre as frutas não foi muito diferente. Temos: laranja-baía (22,15%), maracujá (21,89%), limão (20,48%), tangerina (12,59%), abacate (9,54%), e por aí vai.
É, meus amigos, até parece castigo do monstro! Se, no inverno, éramos VIPs, agora todos os brasileiros foram direto para a Xepa.
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