De acordo com dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (7), as vendas no varejo brasileiro apresentaram uma surpreendente queda de 1,3% em dezembro em comparação com novembro. Essa queda representa o segundo resultado negativo fora da faixa de variação esperada para o ano de 2023, refletindo um padrão disseminado entre os diversos setores econômicos.

Apesar desse recuo, o varejo encerrou o ano com um crescimento acumulado de 1,7%, mantendo uma tendência positiva pelo sexto ano consecutivo. Esse desempenho anual demonstrou uma melhoria em relação a 2022, que registrou um crescimento de 1,0%, sendo este o menor resultado desde o início da série positiva em 2017, que também inclui todo o período de pandemia a partir de 2020.

Os dados divulgados ficaram abaixo das expectativas do consenso LSEG de analistas, que projetava uma queda de apenas 0,2% nas vendas mensais e um aumento de 2,9% na comparação anual.

Grupos em destaque nas vendas no varejo brasileiro

Entre as oito atividades pesquisadas pelo IBGE, seis apresentaram queda em dezembro: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,5%).

Os únicos dois grupos que não registraram taxa negativa foram Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).

Além disso, no comércio de varejo ampliado, que inclui outras categorias como veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas também apresentou uma queda de 1,1% em dezembro, de acordo com a série com ajuste sazonal.