Paralisação dos servidores do Banco Central provoca atraso no Boletim Focus
A paralisação dos servidores do Banco Central acarretou em um atraso na programação habitual de divulgação do Boletim Focus, documento que apresenta estimativas do mercado para indicadores econômicos como inflação, dólar e taxa de juros. O movimento sindical, que resultou na paralisação, forçou a autarquia a reprogramar as datas de liberação de dados econômicos relevantes […]

A paralisação dos servidores do Banco Central acarretou em um atraso na programação habitual de divulgação do Boletim Focus, documento que apresenta estimativas do mercado para indicadores econômicos como inflação, dólar e taxa de juros. O movimento sindical, que resultou na paralisação, forçou a autarquia a reprogramar as datas de liberação de dados econômicos relevantes para o cenário brasileiro.
Consequentemente, as datas de publicação das notas econômico-financeiras referentes ao mês de setembro foram todas adiadas. Esta é a segunda vez que a paralisação sindical interfere na divulgação desses dados, sendo que em agosto o Banco Central já havia precisado ajustar o planejamento das publicações devido à mesma razão.
O Banco Central declarou que a mudança no cronograma é de “caráter excepcional” e é atribuída à “mobilização dos servidores”. Diante disso, o novo calendário de divulgações do Banco Central foi anunciado.
O relatório será publicado nesta terça-feira (30), e outras estatísticas importantes seguirão nos próximos dias. Estatísticas do Setor Externo estão programadas para o dia 6 de novembro, Estatísticas Monetárias de Crédito para o dia 7 de novembro, e Estatísticas Fiscais para o dia 8 de novembro. A atualização dos Indicadores Econômicos Selecionados está agendada para a próxima quinta-feira (26/10) às 14h30.
Além dos desdobramentos na divulgação dos dados, a paralisação dos servidores do Banco Central também está vinculada às reivindicações por reestruturação de carreira e pela criação de um bônus de produtividade, semelhante ao recebido pelos servidores da Receita Federal.
Vale destacar que o Banco Central enfrenta um déficit significativo em seu quadro de servidores, com apenas 3,6 mil funcionários em comparação aos 6,5 mil previstos por lei. Há mais de dez anos, não há realização de concurso público para o órgão. Uma das principais queixas dos funcionários é a sobrecarga de trabalho devido à implementação de projetos como Pix, open finance e real digital.
Diante desse cenário, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos abriu 100 vagas para a autarquia monetária, número consideravelmente abaixo das 545 vagas pleiteadas pelos servidores em busca de suprir o déficit existente.