Pela primeira vez no século, o Brasil celebrará o encerramento do ano com suas dívidas integralmente quitadas junto a organismos internacionais, incluindo a renomada Organização das Nações Unidas (ONU), com a qual mantinha um passivo bilionário.

O país efetuou o pagamento de R$ 4,5 bilhões para saldar débitos pendentes, abrangendo despesas relacionadas a operações de paz promovidas pela ONU, contribuições anuais para o orçamento regular do órgão e obrigações financeiras com outras entidades. De acordo com fontes governamentais, o montante total das dívidas às organizações internacionais era aproximadamente R$ 5 bilhões, e será completamente quitado ainda neste ano.

O atraso nos pagamentos acarretava prejuízos ao Brasil, incluindo a perda do direito de voto na própria ONU. Vale ressaltar que o governo acumulava dívidas junto a organismos internacionais desde os anos 1990, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Este marco histórico representa a primeira vez que o país consegue regularizar suas obrigações com cerca de 50 organismos internacionais, que englobam não apenas a ONU, mas também a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o FOCEM, fundo de estrutura para obras do Mercosul.

Essa conquista é fruto de um esforço conjunto entre o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Planejamento, contando com o respaldo de toda a área econômica e de gestão do governo federal.