Head de Alocação do Research XP estima Selic em 2024 a 10% e a 9% em 2025
Qual será a taxa Selic em 2024? Para Rodrigo Sgavioli, head de Alocação do Research XP, já é possível fazer uma estimativa. Durante o evento online “Investir – Descubra o potencial do seu patrimônio”, que teve uma série de lives promovida pelo portal Melhor Investimento em colaboração com a InvestSmart, Sgavioli, que é responsável por analisar […]
Qual será a taxa Selic em 2024? Para Rodrigo Sgavioli, head de Alocação do Research XP, já é possível fazer uma estimativa. Durante o evento online “Investir – Descubra o potencial do seu patrimônio”, que teve uma série de lives promovida pelo portal Melhor Investimento em colaboração com a InvestSmart, Sgavioli, que é responsável por analisar e interpretar cenários macroeconômicos, apresentou suas previsões para o cenário financeiro e econômico de 2024.
Em participação no painel “Como se planejar para investir em 2024”, que além de Rodrigo, também contou com o economista-chefe da BV Asset, Leonardo Sapienza, o representante da XP Investimentos revelou que espera uma taxa de juros de 10% em meados de 2024. Além disso, Rodrigo também apontou para um corte de gastos mais eficiente em 2025, levando a taxa Selic a 9%.
“Se fizermos a lição de casa, o governo começar a ter uma disposição maior a conversar sobre uma inclinação no corte de gastos, começar a ser mais eficiente em mostrar de onde virão as receitas para cumprir a meta de superávit primária, ou chegar perto, pelo menos, com algum esforço, podemos pensar em uma Selic a 9% em 2025”, destacou Sgavioli.
As projeções são feitas em um contexto em que a taxa Selic no Brasil já está em seu oitavo ciclo de queda, iniciado em 3 de agosto de 2023. De lá para cá, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu os juros básicos da economia, a Selic, de 13,75% ao ano para os atuais 12,75%. O movimento, porém, contrasta com a tendência nos Estados Unidos, onde a taxa de juros está em ciclo de alta.
Rodrigo Sgavioli também explicou que o Brasil se beneficiou ao antecipar os cortes de juros, uma vez que começou a reduzir as taxas antes dos países mais influentes e o movimento proporcionou uma vantagem à economia brasileira. Por outro lado, Sapienza, da BV Asset, destacou que o movimento nos EUA é atípico, mesmo sendo sincronizado com a ação de outros bancos centrais pelo mundo, visando conter a inflação.
Os especialistas ainda observaram que, para enfrentar os efeitos da pandemia, que perduraram até pouco tempo, há uma necessidade de controlar a inflação e ancorar as expectativas de juros, resultando em uma inclinação negativa na curva. Desse modo, o mercado vem trazendo novidades nos últimos dois meses, incluindo a questão da reprecificação e as preocupações fiscais. No entanto, Sapienza acredita que o aumento dos juros reais não será repassado rapidamente para a economia brasileira, acarretando em uma redução na Selic para os próximos anos.