Credores da Light (LIGT3) protocolam pedido de investigação contra diretor financeiro na CVM
Um grupo de credores da Light (LIGT3), composto por fundos de investimento e debenturistas, submeteu uma solicitação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) buscando uma investigação sobre o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Eduardo Gotilla. Os credores alegam, em documento oficial, que a Light tem divulgado informações inverídicas a respeito das […]

Um grupo de credores da Light (LIGT3), composto por fundos de investimento e debenturistas, submeteu uma solicitação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) buscando uma investigação sobre o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Eduardo Gotilla.
Os credores alegam, em documento oficial, que a Light tem divulgado informações inverídicas a respeito das ações dos debenturistas, ao afirmar que estes não têm cumprido as normas necessárias para a realização de assembleias. Além disso, requerem uma apuração quanto ao “descumprimento das condutas e obrigações relacionadas aos cargos de diretor financeiro e de relações com investidores”.
Em entrevista ao jornal O Globo, um executivo do mercado financeiro enfatizou que, para os credores, as ações adotadas pela Light resultam em dois principais efeitos. Primeiramente, prejudicam os pequenos investidores, que dependem das assembleias para se manterem informados. Em segundo lugar, conforme destacado pelo executivo, a hostilidade da empresa em relação aos debenturistas “dificulta qualquer tentativa de acordo com os credores”.
Light (LIGT3) encerra processo de recuperação judicial
O Conselho de Administração da Light (LIGT3) informou ao mercado que retirou seu pedido de recuperação judicial, conforme relatado por Lauro Jardim na coluna do jornal O Globo em 5 de setembro. Em maio de 2023, a empresa havia submetido o pedido de recuperação judicial à 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, devido a sua dívida de aproximadamente R$ 11 bilhões.
Embora a Light ainda não tenha feito um anúncio oficial sobre a retirada do pedido, assim que o fizer, ela começará a negociar diretamente com seus credores para resolver essa questão. A Justiça havia aceitado o pedido de recuperação judicial da Light em apenas 48 horas após a solicitação, embora tenha sido contestado pelos credores, uma vez que a legislação não permite que empresas concessionárias de serviços públicos recorram a esse mecanismo para resolver suas dívidas.