Petrobras (PETR4) anuncia pagamento de R$ 15 bilhões em dividendos
Nesta quinta-feira (3), o conselho de administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 15 bilhões em dividendos aos acionistas da companhia. A remuneração relativa ao exercício de 2023 será antecipada e corresponderá a R$ 1,149304 por ação. Os pagamentos serão realizados em duas parcelas iguais, sendo R$ 0,574652 por ação em 21 de novembro […]

Nesta quinta-feira (3), o conselho de administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 15 bilhões em dividendos aos acionistas da companhia. A remuneração relativa ao exercício de 2023 será antecipada e corresponderá a R$ 1,149304 por ação.
Os pagamentos serão realizados em duas parcelas iguais, sendo R$ 0,574652 por ação em 21 de novembro e o mesmo valor em 15 de dezembro.
Recentemente, a petroleira anunciou modificações em sua política de dividendos, passando a distribuir 45% do fluxo de caixa livre, que é a diferença entre a geração de caixa e os investimentos. Isso representa uma redução em comparação ao percentual anterior de 60% destinado aos investidores.
A Petrobras enfatizou que a aprovação do dividendo proposto é financeiramente sustentável para a empresa, além de estar em consonância com seu compromisso de gerar valor tanto para a sociedade quanto para os acionistas. A companhia também ressaltou que a medida segue as melhores práticas da indústria global de petróleo e gás natural.
Os pagamentos contemplarão tanto as ações ordinárias (com direito a voto na assembleia de acionistas) quanto as preferenciais (sem direito a voto). No total, a companhia possui 13.044.201.261 ações, sendo a maioria delas (3.740.470.811, ou 28,67%) pertencente ao governo federal.
Resultados Petrobras no 2º trimestre de 2023
Também nesta quinta-feira, a Petrobras divulgou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2023. Durante o período de abril a junho, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 28,782 bilhões, o que representa uma queda de 47% em comparação com o mesmo período de 2022, quando havia alcançado R$ 54,330 bilhões em lucro.
A Petrobras explicou que esse declínio significativo foi principalmente causado pelos seguintes fatores: a desvalorização do petróleo tipo Brent no mercado internacional, a queda de mais de 40% nos crack spreads internacionais do diesel (diferença entre o preço do petróleo bruto e o produto derivado) e o aumento das despesas operacionais, especialmente relacionadas a tributos e impairment (redução do valor de ativos).
O preço médio do petróleo tipo Brent ficou em US$ 78,39 por barril entre abril e junho, uma redução de 31,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, como constatado no balanço da empresa.
Por outro lado, esses efeitos negativos foram parcialmente compensados por maiores ganhos de capital com a venda de ativos, menores despesas financeiras – impulsionadas pelos ganhos com variação cambial devido à valorização do real frente ao dólar – e redução nas despesas com imposto de renda, conforme declarado pela própria companhia.