No início da semana, o Tesouro Nacional alcançou um marco significativo ao captar US$ 2
bilhões por meio da emissão de “títulos verdes” no mercado internacional. O ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, destacou a expressividade do resultado, ressaltando que é a
primeira vez que o Brasil emite esse tipo de título.


Essa modalidade de emissão de papéis no mercado externo permite ao governo brasileiro
angariar recursos de investidores estrangeiros, comprometendo-se a reembolsá-los após
um prazo determinado, além do pagamento de juros. No caso dos “títulos sustentáveis”, os
fundos obtidos serão destinados a projetos ambientais, como o fortalecimento do Fundo do
Clima, e a iniciativas sociais, incluindo a luta contra a pobreza.


O Tesouro assegurou, por meio de nota, que seguirá as seguintes proporções na alocação
dos recursos captados:


● Entre 50% e 60% para ações ambientais.
● Entre 40% e 50% para ações sociais.
● Os títulos, emitidos em dólar no dia de hoje, têm um prazo de sete anos, com
vencimento previsto para 2031. A taxa de retorno para os investidores internacionais
será de 6,5% ao ano.


Segundo o Tesouro, 75% dos investidores que adquiriram os “títulos verdes” são
provenientes da Europa e da América do Norte, enquanto 25% são da América Latina,
incluindo o Brasil.


Esta é a segunda emissão de títulos no mercado internacional neste ano. Em abril, o
Tesouro Nacional captou US$ 2,25 bilhões com a emissão de títulos da dívida externa. No
entanto, a emissão de hoje marca a estreia brasileira dos chamados “títulos soberanos
sustentáveis”, destinados ao financiamento de projetos voltados ao meio ambiente.