XP tem compra e preço-alvo de R$ 70 para a Azzas 2154 após estreia na B3
A Azzas 2154, empresa que surgiu da fusão entre a Arezzo e o Grupo Soma, estreou na B3 na última quinta-feira (01) sob o ticker de negociação AZZA3. Após seu primeiro dia no mercado, a XP Investimentos divulgou um relatório com recomendação de compra, preço alvo e estimativas.
Vale a pena destacar que as ações da Azzas 2154 estrearam com uma valorização de 3,57%, cotadas a R$ 50,39. Nesse cenário, a corretora acredita que a fusão entre as companhias será um marco transformacional e que o valuation é atraente, com múltiplo de Preço/Lucro (P/L) de 11,0 vezes para 2025, considerando as sinergias.
A equipe de análise da XP estabeleceu um novo preço-alvo para o final de 2025 de R$ 70 por ação, representando um potencial de alta de 39% em relação ao fechamento anterior. Essa estimativa leva em conta os resultados recentes, premissas atualizadas de custo de capital, o cenário macroeconômico e uma perspectiva mais conservadora para os próximos trimestres.
Principais pontos do acordo
Além disso, a XP destacou os principais pontos do novo acordo de acionistas da companhia e suas possíveis implicações no desempenho das ações.
Segundo o relatório, o acordo de lock-up para os acionistas controladores da Azza e o bloco de controle anterior da Soma tem um prazo de restrição de venda das ações de até 10 anos, com diferentes dinâmicas de desvinculação para cada acionista.
Dessa forma, a liberação desse lock-up ocorrerá anualmente, com cinco janelas de desvinculação por ano, sendo a primeira prevista para 30 de março de 2025. No entanto, há uma exceção para os fundadores da NV, que poderão vender ações antes do prazo de lock-up em caso de necessidade de desembolso para pagamento de impostos relacionados ao acordo com a Soma. Marcello Bastos e Katia Barros terão uma desvinculação mais acelerada no curto prazo.
Por sua vez, os acionistas controladores da SOMA terão 4,5 milhões de ações (equivalentes a 2% da AZZA) desvinculadas a partir da última quinta-feira (01), conforme estipulado no acordo anterior.
Além disso, os executivos estão sujeitos a um acordo de não concorrência, o qual proíbe trabalhar em varejistas relacionados à moda por um período de 2 anos após sua saída ou 5 anos após o acordo de acionistas.
Os termos do acordo de acionistas estabelecem que ambos os blocos de controle, representados por Birman e Soma, devem manter pelo menos 10% de participação na companhia para que o acordo permaneça válido. Além disso, Roberto Jatahy e Alexandre Birman devem, cada um, deter pelo menos 3% das ações.
No âmbito das operações internas, Roberto Jatahy, como chefe da Unidade de Negócios (BU) de Vestuário Feminino, terá autonomia total sobre decisões de contratação e demissões de pessoas dentro dessa unidade.
Adicionalmente, há uma cláusula que permite que, caso pelo menos 70% do bloco de controle anterior da Soma deseje vender suas ações por meio de um Follow-On (oferta subsequente) ou Block Trade, eles poderão realizar essa venda sem estarem sujeitos aos limites de desvinculação estabelecidos pelo contrato de lock-up.