A XP Investimentos atualizou sua análise sobre o impacto da venda de ativos da Marfrig (MRFG3) para a Minerva (BEEF3), com o acordo próximo da conclusão. A operação é vista como positiva para ambas as empresas, embora envolva um longo prazo e riscos de possíveis medidas corretivas.


Para a Marfrig, a venda de ativos traz um suporte fundamental para seus esforços de redução de alavancagem financeira, o que é considerado um fator positivo para a empresa. 

Já no caso da Minerva, apesar de os analistas acreditarem que a empresa pagou um valor superior ao justo pelos ativos adquiridos, a companhia ainda tem tempo para se beneficiar de um ciclo favorável do setor.

Com a maior clareza em relação às condições de aprovação do “deal”, a XP rebaixou a recomendação da Minerva de “compra” para “neutro”, com um preço-alvo de R$ 8,40, visto que o aumento da alavancagem pressiona o valor do equity da empresa. Dessa maneira, a corretora estima que qualquer aumento de 5% no Ebitda de 2026 poderia gerar uma valorização de 19% em relação ao preço-alvo.

Em contrapartida, a XP manteve a recomendação neutra para a Marfrig, mas elevou o preço-alvo de R$ 17,40 para R$ 17,50, principalmente devido ao aumento no valuation da BRF (BRFS3) e aos efeitos positivos da desalavancagem.

Por fim, a XP reforçou sua preferência pela JBS (JBSS3) e BRF no setor de Alimentos e Bebidas e Agro, destacando que o ciclo econômico apertado nos EUA e no Brasil, juntamente com a elevação das taxas de juros, pode limitar a geração de caixa e a velocidade de desalavancagem tanto da Marfrig quanto da Minerva.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.