As vendas de novos imóveis residenciais no Brasil mostraram um desempenho, com um crescimento de 43,7% nos últimos 12 meses até abril de 2024, totalizando 179,86 mil unidades comercializadas. Esse aumento, conforme divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fipe, reflete a recuperação do setor imobiliário e a demanda crescente por imóveis no país.

Desempenho por segmento

Minha Casa Minha Vida (MCMV)

O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) destacou-se, apresentando um crescimento de 56,9% em suas vendas, com 129,68 mil unidades comercializadas. Este resultado reflete o aumento da procura por habitação acessível e o suporte governamental, fundamental para atender a uma parcela significativa da população brasileira.

Médio e alto padrão

Por outro lado, o segmento de médio e alto padrão também registrou um aumento, embora mais modesto, de 13,7%, com 44,93 mil unidades vendidas. Isso indica uma recuperação gradual, sinalizando confiança dos consumidores nesse segmento do mercado.

Valores das vendas de imóveis no Brasil

Os valores das vendas também apresentaram um crescimento notável. Para o segmento de médio e alto padrão, as vendas totalizaram R$ 23,7 bilhões, marcando um crescimento de 28,1%. No caso do MCMV, as vendas somaram R$ 29,3 bilhões, com um avanço significativo de 65%. Esses números não apenas destacam o crescimento em unidades, mas também a valorização do mercado imobiliário como um todo.

Lançamentos de imóveis

Apesar do crescimento nas vendas, o volume de lançamentos apresenta um cenário misto. No segmento de médio e alto padrão, houve uma queda de 7,4% no volume de lançamentos, enquanto no MCMV, o aumento foi de 16,3%. Como resultado, o total de lançamentos atingiu 130,90 mil unidades, com um crescimento geral de 10,5%. Esse contraste indica uma adaptação dos incorporadores às demandas do mercado e às condições econômicas.

Distratos nas vendas de imóveis no Brasil

Outro aspecto importante é a relação de cancelamentos de contratos, também conhecida como distrato. Para o segmento de médio e alto padrão, a taxa de distratos ficou em 11,9%, considerada baixa e positiva, especialmente se comparada aos 40% registrados em 2018, ano em que a Lei dos Distratos foi sancionada.