Um vazamento recorde de dados ligados ao Pix atingiu mais de 11 milhões de pessoas, revelou nesta quarta-feira (23) o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em conjunto com o Banco Central (BC). O incidente, ocorrido nos dias 20 e 21 de julho, expôs informações pessoais sensíveis em um sistema operacional do CNJ, configurando o maior vazamento relacionado ao Pix já registrado no Brasil.

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Vazamento recorde de dados ligados ao Pix: o que aconteceu?

O vazamento de dados aconteceu no Sistema de Busca de Ativos Financeiros (Sisbajud), utilizado pelo CNJ para investigações financeiras. Segundo o CNJ, um acesso indevido no sistema resultou na exposição de dados cadastrais de 11.003.398 pessoas, número que supera com folga o maior incidente anterior registrado em agosto de 2021, quando cerca de 414 mil chaves Pix foram comprometidas.

Os dados vazados incluem o nome completo da pessoa, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta bancária. O CNJ esclareceu que nenhuma informação protegida por sigilo bancário, como saldo, senha ou extratos, foi acessada durante o incidente.

Quando e onde ocorreu o vazamento?

O acesso indevido aos dados ocorreu nos dias 20 e 21 de julho de 2025, em um sistema digital que o CNJ opera. O sistema Sisbajud é uma ferramenta usada para auxiliar na busca e bloqueio de ativos financeiros, o que explica a sensibilidade das informações ali armazenadas.

A descoberta do vazamento levou o Banco Central e o CNJ a adotarem medidas imediatas para investigar o ocorrido e proteger os dados dos usuários. O BC confirmou que não houve exposição de dados financeiros sensíveis, o que minimiza riscos financeiros diretos aos afetados.

Como o CNJ e o Banco Central estão lidando com o incidente?

Em nota oficial, o Banco Central afirmou que as medidas para apuração detalhada do vazamento já foram adotadas e que o caso está sendo tratado com prioridade. O CNJ, por sua vez, informou que não fará contato direto com as pessoas afetadas, mas que disponibilizará um canal exclusivo para consultas sobre o incidente.

Este canal será divulgado no endereço oficial do CNJ, www.cnj.jus.br, permitindo que cidadãos consultem se seus dados foram comprometidos e saibam quais medidas podem tomar para proteger suas informações.

Por que este vazamento é tão significativo?

Este vazamento recorde de dados ligados ao Pix chama atenção não só pela quantidade de pessoas afetadas, mas também pela sensibilidade das informações expostas. A chave Pix é um dado que integra o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, e sua exposição pode aumentar riscos de golpes e fraudes, apesar de o CNJ e o BC garantirem que informações financeiras protegidas não foram acessadas.

Casos anteriores de vazamento de dados já mostraram o impacto negativo para a segurança financeira e a privacidade dos usuários, o que reforça a importância da adoção de medidas robustas de segurança nos sistemas que lidam com dados bancários e pessoais.

O que fazer em caso de vazamento de dados do Pix?

Para proteger seus dados, os usuários afetados devem ficar atentos a comunicações oficiais do CNJ e evitar responder a contatos suspeitos que aleguem ser da instituição. Além disso, é recomendável consultar regularmente os canais oficiais para confirmar se houve comprometimento das informações e ficar alerta a qualquer movimentação financeira não autorizada.

Recomenda-se também o uso de ferramentas de segurança digital, como autenticação em dois fatores, e a atualização constante de senhas e dados cadastrais nos bancos.