Em resposta à propagação alarmante de uma perigosa cepa de gripe aviária em fazendas leiteiras nos Estados Unidos (EUA), o governo americano anunciou um acordo significativo com a Moderna. Este acordo, avaliado em quase US$ 200 milhões, visa acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra a gripe pandêmica, destacando a urgência diante da atual crise de saúde pública.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA comprometeu US$ 176 milhões para apoiar os ensaios clínicos de fase final da vacina, programados para iniciar em 2025. Esta vacina será projetada para combater diversas cepas de gripe com potencial pandêmico, incluindo o vírus H5N1 que atualmente ameaça rebanhos bovinos em 12 estados americanos.

Recentemente, o vírus H5N1 foi detectado em 136 rebanhos bovinos, infectando também três trabalhadores rurais. Embora as autoridades de saúde garantam que o risco para o público em geral seja baixo e que não houve transmissão entre humanos identificada até o momento, a vigilância continua intensa para evitar a propagação desse vírus altamente patogênico.

A vacina em desenvolvimento pela Moderna baseia-se na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), a mesma utilizada com sucesso nas vacinas contra a COVID-19 da Moderna e da Pfizer. Essa abordagem permite uma adaptação rápida a mutações virais, o que é uma vantagem significativa em cenários de rápida evolução como o atual.

Resultados preliminares dos estudos sobre a vacina contra a gripe aviária são esperados nas próximas semanas, marcando uma importante diversificação para a Moderna, que até então estava focada predominantemente nas vacinas contra a COVID-19.

Além do financiamento substancial para os ensaios clínicos, o contrato entre a Moderna e o governo dos EUA inclui opções para a aquisição de suprimentos de vacinas, garantindo preços justos para os contribuintes americanos. Esse modelo de cooperação também abre precedentes para que outras empresas farmacêuticas recebam contratos semelhantes, impulsionando o desenvolvimento de vacinas mRNA contra outras ameaças pandêmicas potenciais.