Tesla em queda no Brasil? O que podemos aprender com a rejeição na Alemanha
Tesla enfrenta forte rejeição na Europa, com queda nas vendas e imagem abalada. Entenda os motivos e o impacto no mercado de veículos
Uma pesquisa recente realizada na Alemanha revelou um dado alarmante para a Tesla: 94% dos entrevistados afirmaram que não comprariam um veículo da marca. Esse resultado expõe uma crise de imagem e desempenho da montadora no país, onde suas vendas já vinham despencando.
Em 2024, a Tesla registrou uma queda de 41% nas vendas na Alemanha, enquanto o mercado de veículos elétricos cresceu 27%. Em 2025, o cenário ficou ainda pior, com as vendas caindo 70% apenas nos dois primeiros meses do ano.
Rejeição a Elon Musk e à Tesla na Europa
Diversos fatores explicam esse declínio. A concorrência no setor de elétricos cresceu significativamente, e a Tesla enfrenta dificuldades com a transição de modelos, como o Model Y. No entanto, um dos principais motivos apontados por especialistas é a imagem de Elon Musk, CEO da Tesla.
Musk tem sido alvo de duras críticas na Europa após se envolver em questões políticas locais, incluindo o apoio ao partido de extrema-direita AfD. Esse posicionamento gerou indignação entre os alemães, prejudicando diretamente a reputação da empresa.
O Brasil pode seguir o mesmo caminho?
Embora o contexto político e econômico seja diferente, a Tesla também enfrenta desafios no Brasil. A empresa ainda tem participação limitada no mercado nacional, enfrentando barreiras como altos impostos de importação, falta de incentivos para veículos elétricos e a forte concorrência de montadoras já estabelecidas.
Além disso, a reputação de Musk, que já gerou polêmicas em diferentes países, pode impactar a aceitação da marca no Brasil no longo prazo. O crescimento de marcas chinesas, como BYD, e a adaptação de montadoras tradicionais ao mercado de elétricos podem tornar o ambiente ainda mais desafiador para a Tesla por aqui.
Se a rejeição alemã for um indicativo do futuro, a Tesla precisará repensar sua estratégia global para manter sua relevância – inclusive no Brasil.
