A Stone (STOC31) anunciou, na última terça-feira (16), uma nova política contábil para o reconhecimento de receitas provenientes da venda de serviços a novos clientes. No entanto, a companhia assegurou que essa decisão não afetará suas projeções de resultados para o ano.

De acordo com a empresa, a partir do primeiro trimestre deste ano, haverá uma alteração no reconhecimento das receitas provenientes de taxas de adesão. Essa receita é gerada a partir de uma taxa de instalação não reembolsável paga antecipadamente por um cliente comercial no momento da assinatura de seu contrato de serviço, em algumas das ofertas da credenciadora.

Anteriormente, a Stone reconhecia a totalidade da taxa de adesão no momento do pagamento. No entanto, de acordo com a nova política, o reconhecimento dessas receitas será diferido ao longo da “vida” esperada do cliente comercial.

Em 2023, a receita proveniente de taxas de adesão totalizou R$316 milhões. A empresa afirma que essa mudança não impactará o guidance para 2024, “dado o forte desempenho contínuo do negócio”. Além disso, não terá efeito na posição de caixa da companhia ou na geração de fluxo de caixa.

Contudo, a alteração deverá resultar em uma redução nas receitas de transações de aproximadamente R$60 milhões a R$70 milhões no primeiro trimestre e de R$160 milhões a R$200 milhões durante o exercício de 2024; e um aumento no passivo de receita diferida nos mesmos valores.

O guidance da Stone prevê um lucro ajustado de R$1,9 bilhão este ano, representando um aumento de 22% em relação ao ano anterior.