A Starlink, a empresa de internet via satélite de Elon Musk, declarou nesta terça-feira (03) que irá acatar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear o X no Brasil.

De acordo com informações da agência Reuters, a companhia se manifestou através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter) dizendo que  “independentemente do tratamento ilegal dado à Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil”, diz o post. 

Além disso, a empresa iniciou um processo legal no STF para contestar a “ilegalidade flagrante” da decisão do Ministro Alexandre de Moraes, que ordenou o congelamento das finanças da Starlink no Brasil. 

A empresa afirmou que está buscando todas as vias legais disponíveis e que outros também compartilham da visão de que as “recentes ordens de Moraes violam a constituição brasileira”.

Impactos para a Starlink

Após a ordem de bloqueio emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, a Anatel e outras empresas de telecomunicações foram responsáveis por interromper o acesso dos usuários ao X (antigo Twitter).

No entanto, a Starlink, de Elon Musk, informou à Anatel no domingo (01) que não cumpriria a ordem, mantendo o acesso ao X disponível para seus clientes via satélite.

A resistência da Starlink pode ser uma forma de retaliação, após Moraes ter determinado o congelamento dos ativos financeiros da empresa no Brasil na semana passada, como garantia para o pagamento das multas aplicadas ao X pela Justiça brasileira. Por sua vez, o  X declarou que irá recorrer da decisão.

Vale destacar que a Starlink, líder em seu segmento, conta com mais de 215 mil acessos de banda larga fixa no Brasil, conforme dados da Anatel de junho. 

De acordo com o Estadão, a empresa tem contratos que incluem serviços para o Exército, a Marinha e a rede pública de ensino. Logo, a  interrupção das operações da Starlink no país pode afetar órgãos públicos e gerar um efeito dominó de consequências ainda incertas.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.