A Oi (OIBR3) está prestes a finalizar a mais recente versão de seu plano de recuperação judicial, conforme apurou o Estadão/Broadcast. Fontes familiarizadas com o processo, que enfrentou múltiplos atrasos, revelaram que o novo plano incorpora algumas alterações nos termos, mas mantém a necessidade de aporte de capital novo, conversão de parte da dívida em ações e venda de ativos.

Os desentendimentos entre a Oi (OIBR3) e seus credores em relação aos aportes e condições do acordo, aliados às complexas negociações para o plano de recuperação judicial, foram os principais motivos que prolongaram a discussão por meses.

O segundo pedido de recuperação judicial da Oi foi feito em março de 2023, envolvendo uma dívida de R$ 44,3 bilhões. A primeira recuperação judicial da empresa teve início em 2016, após uma crise que se arrastava desde 2000, resultando em uma dívida de R$ 65 bilhões. Na ocasião, a Oi ocupava o segundo lugar em passivo, perdendo apenas para a Odebrecht, que tinha uma dívida de R$ 80 bilhões, e o processo se estendeu até dezembro de 2022.

O plano inicial da segunda recuperação judicial foi apresentado em maio, e a expectativa é que um Acordo de Apoio à Reestruturação (RSA) seja assinado até julho, envolvendo os credores.

A ausência do RSA, cujo objetivo é obter o respaldo necessário dos credores para a consolidação do plano definitivo e sua aprovação na assembleia, que ocorrerá um mês depois, juntamente com o adiamento do plano, indicam as dificuldades nas negociações entre as partes. No entanto, fontes próximas às negociações indicam ao Estadão/Broadcast que essa questão está prestes a ser resolvida.

Em resposta ao Estadão, a empresa de telecomunicações comunicou que em breve apresentará uma proposta e que as atualizações sobre as negociações em andamento com os credores serão divulgadas ao mercado.