Poupança perde apelo e criptomoedas ganha espaço entre investidores
Investimentos tradicionais como a poupança continuam sendo os mais conhecidos e utilizados pelos brasileiros, porém estão perdendo popularidade entre os investidores, especialmente os mais jovens. Enquanto isso, produtos do mercado financeiro como criptomoedas e títulos privados estão ganhando espaço significativo nas carteiras de investimento. Essa é a conclusão dos novos dados divulgados na última quarta-feira […]

Investimentos tradicionais como a poupança continuam sendo os mais conhecidos e utilizados pelos brasileiros, porém estão perdendo popularidade entre os investidores, especialmente os mais jovens. Enquanto isso, produtos do mercado financeiro como criptomoedas e títulos privados estão ganhando espaço significativo nas carteiras de investimento.
Essa é a conclusão dos novos dados divulgados na última quarta-feira (03), como parte da 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha.
Segundo o estudo, um quarto da população afirma possuir recursos aplicados na poupança, enquanto os criptoativos e títulos privados estão presentes nas carteiras de 4% e 5% dos brasileiros, respectivamente.
O superintendente de sustentabilidade, inovação e educação da Anbima, Marcelo Billi, disse que “apesar da poupança ainda ser a opção mais lembrada e utilizada, ao longo dos anos observamos uma crescente proporção de pessoas mencionando e investindo em outros produtos. Isso é particularmente evidente entre os investidores mais jovens”, destacou.
Entre os fatores que contribuem para essa mudança de cenário, o especialista menciona a busca por aplicações mais rentáveis em períodos de baixa taxa de juros, o desenvolvimento do mercado financeiro e o aumento do número de influenciadores digitais.
Além disso, a pesquisa revelou também que 37% da população investe em produtos financeiros, mantendo o mesmo percentual do ano anterior. Segurança, retorno financeiro e liquidez foram apontados como os principais motivos para investir.
O estudo contou com a participação de 5.814 pessoas das classes A/B, C e D/E, entre os dias 6 e 24 de novembro de 2023, em todas as regiões do país. Na divisão por estrato social, metade dos brasileiros da classe A/B investem, enquanto 38% da classe C e 20% da classe D/E também são investidores.