Rajiv Jain, presidente da GQG Partners LLC, afirmou que está aumentando sua participação acionária na Petrobras após nomeação de novo CEO e espera que a situação da empresa estatal se acalme.

Com a maior participação de Jain em sua estratégia de US$ 25 bilhões para mercados emergentes, a empresa brasileira está sob pressão devido ao receio dos investidores de que as políticas do governo atual possam prejudicar o desempenho da Petrobras.

“A Petrobras é um dos melhores ativos do mundo no negócio de energia”, disse Jain durante entrevista em Nova York. “Podemos estar perdendo alguma coisa, mas a ação é três vezes o lucro com um dividendo de 30% – eu diria que muitos medos estão sendo precificados”, completou.

Durante a semana, as ações preferenciais da Petrobras registraram queda de até 4,1% em seu valor mínimo. A baixa ocorreu após o anúncio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que a empresa está prestes a abandonar a política que vincula os preços dos combustíveis a referências internacionais. Tal medida foi determinada pelo governo com o objetivo de proteger os consumidores da volatilidade nos preços da gasolina e do diesel.

A empresa, por sua vez, disse que não recebeu a proposta do ministério sobre a política de preços de combustíveis.

O recém-empossado CEO da empresa, Jean Paul Prates, assegurou que a produção de petróleo continuará sendo a principal prioridade da Petrobras. Prates ainda afirmou que a companhia manterá um foco modesto em investir em energia eólica e outras tecnologias renováveis.

Rajiv Jain possui participação outros investimentos na América Latina

Rajiv Jain também possui ações dos bancos brasileiros Itaú (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11). Aproximadamente 28% da carteira do investidor indiano é alocada na América Latina, região que representa apenas 8% do capital do mundo em desenvolvimento no índice MSCI.

Equipe MI

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