Ações da Petrobras (PETR4) caem após anúncio de mudança na política de preços
Nesta quarta-feira (5), as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram perdas acentuadas após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciar que haverá uma mudança na política de preços da estatal. As ações da PETR3 atingiram queda de 2,92%, a R$ 26,56, enquanto as da PETR4 chegaram a cair 4%, a R$ 23,30. O ministro […]
Nesta quarta-feira (5), as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram perdas acentuadas após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciar que haverá uma mudança na política de preços da estatal.
As ações da PETR3 atingiram queda de 2,92%, a R$ 26,56, enquanto as da PETR4 chegaram a cair 4%, a R$ 23,30. O ministro afirmou que a atual política de preços, que leva em conta as movimentações internacionais, é um “verdadeiro absurdo”, e que a empresa passará a levar em conta o mercado nacional.
Ele ainda previu uma redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do diesel com a nova medida. O objetivo é que a Petrobras atue como um amortecedor para diminuir o impacto das crises internacionais no preço dos combustíveis nas refinarias brasileiras, sem comprometer sua governança ou natureza jurídica.
A reforma será discutida a partir da eleição do novo conselho da Petrobras, marcada para o dia 27 de abril.
Política de preços atual
Atualmente, a Petrobras utiliza um sistema de correção de preços que leva em consideração as variações da taxa de câmbio e o valor do barril de petróleo no mercado internacional, assim como custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias.
Essa política de preços, conhecida como Preço de Paridade Internacional (PPI), protege a empresa contra intervenções políticas para segurar reajustes, mas pode gerar altas de preços frequentes em momentos de instabilidade, como ocorreu em 2022 com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
A adoção desse sistema em 2016 permitiu que a empresa tivesse lucros sucessivos e distribuísse dividendos em recorde, o que agora está em expansão. Entretanto, uma alteração nesta política pode afetar a lucratividade dos acionistas e, nos Estados Unidos, onde as ações da Petrobras são negociadas, eles podem buscar a Justiça para propor ações contra a empresa.
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