Pacote fiscal do governo não afetará direitos adquiridos, afirma Randolfe Rodrigues
Randolfe Rodrigues garante que o pacote fiscal do governo não afetará direitos adquiridos, como o Bolsa Família.
Pacote fiscal do governo não afetará direitos adquiridos, afirma Randolfe Rodrigues
Em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (8), o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), tranquilizou a população ao afirmar que o pacote fiscal de contenção de gastos não afetará os “direitos adquiridos”. O parlamentar garantiu que programas como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego estão protegidos. No entanto, o senador destacou que é necessário corrigir eventuais “distorções” nos programas sociais.
O que está em jogo no pacote fiscal?
O pacote fiscal do governo federal, que visa controlar os gastos públicos, ainda está em discussão, e a definição final sobre as medidas será tomada nesta sexta-feira (8). Randolfe Rodrigues afirmou que, enquanto o governo não atingirá os direitos adquiridos, é necessário revisar alguns programas para garantir sua eficiência. Isso inclui o Bolsa Família, o qual, embora protegido, pode passar por ajustes para reduzir distorções e aumentar sua eficácia no combate à pobreza. O senador sugeriu que a revisão dos programas sociais é uma medida importante para otimizar o uso dos recursos públicos.
O pacote de medidas fiscais também prevê o controle mais rigoroso dos gastos do governo. Essa política de contenção tem como principal objetivo reduzir o déficit fiscal e garantir a saúde das contas públicas, sem comprometer os direitos fundamentais dos cidadãos. Em sua entrevista, Randolfe sublinhou que o governo também discutirá a correção de distorções que afetam a forma como os recursos são distribuídos nos programas sociais.
Como será o processo de implementação das medidas fiscais?
Randolfe Rodrigues enfatizou que o debate sobre o pacote fiscal deve avançar ao longo desta sexta-feira, com uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seus ministros, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), entre outros. A expectativa é que, nesta reunião, a definição final sobre as medidas fiscais que integrarão o pacote seja tomada.
De acordo com informações do governo, as discussões incluirão, entre outras questões, a definição de quais programas poderão ser ajustados e a forma como a contenção de gastos será implementada. O processo de decisão inclui o alinhamento com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes do anúncio final das medidas.
A questão das emendas parlamentares e cortes sociais
Além das medidas fiscais que visam controlar os gastos sociais, Randolfe abordou também a questão das emendas parlamentares. O líder do governo ressaltou que seria incoerente realizar cortes em programas sociais sem também bloquear emendas parlamentares ao Orçamento. Em sua opinião, a implementação de medidas fiscais deve ser equilibrada, afetando igualmente as emendas parlamentares e os gastos com programas sociais.
O debate sobre o pacote fiscal está sendo acompanhado de perto, pois, para muitos, a revisão de emendas pode gerar resistências no Congresso, o que poderia dificultar a aprovação das medidas. Por outro lado, o governo busca um controle mais rigoroso sobre o Orçamento, principalmente considerando os desafios fiscais impostos pela atual situação econômica do país.
Quando será o anúncio oficial do pacote fiscal?
Embora as discussões sobre as medidas fiscais já estejam avançadas, o governo ainda não anunciou uma data oficial para divulgar o pacote de corte de gastos. A expectativa é que a reunião do presidente Lula com os ministros, marcada para esta tarde, seja crucial para que a definição das medidas seja feita. No entanto, o anúncio final só deve ocorrer na segunda-feira (11), após a apresentação das propostas aos líderes do Congresso, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.