Impacto do pacote fiscal de R$ 71,9 bi deve cair em R$ 1 bi após mudanças no Congresso
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o impacto do pacote fiscal, que visa gerar uma economia de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, será reduzido em R$ 1 bilhão após ajustes no Congresso.
Impacto do pacote fiscal de R$ 71,9 bi deve cair em R$ 1 bi após mudanças no Congresso
O impacto do pacote fiscal, que tem como objetivo gerar uma economia de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, será reduzido em aproximadamente R$ 1 bilhão após mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante um café da manhã com jornalistas na última sexta-feira, 20 de dezembro. A revisão dos gastos do governo e os ajustes realizados no pacote fiscal se alinham com os interesses do governo e têm como objetivo manter os parâmetros do arcabouço fiscal, sem alterações nos seus fundamentos.
O que mudou no pacote fiscal?
Em entrevista aos jornalistas, Haddad detalhou as modificações feitas no pacote fiscal que reduziram o impacto inicial previsto em R$ 1 bilhão. O ministro enfatizou que a economia total, mesmo com essas alterações, permanece significativa, com uma previsão de R$ 71,9 bilhões em economia para os cofres públicos nos próximos dois anos. A revisão, que envolveu ajustes em diferentes áreas do orçamento, será importante para garantir que o governo continue cumprindo suas metas fiscais sem prejudicar áreas essenciais.
Votação favorável ao governo
O ministro destacou que, apesar das mudanças no pacote, o resultado da votação no Congresso foi favorável ao governo. Para Haddad, o cenário reflete a vontade do Executivo de alinhar as propostas fiscais com as necessidades da economia, sem perder de vista o equilíbrio fiscal. A revisão de gastos, conforme o ministro, deve ser uma prática constante para garantir a sustentabilidade das finanças públicas e o cumprimento das metas orçamentárias, o que reforça a gestão responsável dos recursos públicos.
Arcabouço fiscal e sua manutenção
Outro ponto crucial destacado por Haddad foi a manutenção dos parâmetros do arcabouço fiscal, que, segundo ele, não foram alterados. Apesar das revisões e ajustes no pacote fiscal, o governo se comprometeu a não modificar as bases estruturais do modelo fiscal. O arcabouço fiscal tem sido um pilar da política econômica do governo, e Haddad reforçou que a intenção não é modificar esse equilíbrio, mas sim corrigir eventuais discrepâncias para fortalecer ainda mais a confiabilidade das finanças públicas.
O impacto da alta do dólar
Em relação ao comportamento do câmbio e a recente disparada do dólar, Haddad apontou que houve um “problema de comunicação” por parte do governo. A instabilidade cambial, com o aumento do valor do dólar, gerou preocupação nos mercados financeiros, e o ministro reconheceu que a falta de clareza nas mensagens enviadas pelo governo contribuiu para o cenário de volatilidade. Ele reforçou, no entanto, que o governo tem uma abordagem firme para garantir a estabilidade da moeda e a confiança dos investidores no longo prazo.
Expectativas para os juros e a economia em 2025
Sobre a política monetária, Haddad expressou otimismo em relação aos efeitos da alta dos juros promovida pelo Banco Central (BC). O ministro acredita que, com a combinação de juros elevados e as medidas fiscais em curso, o impacto sobre a economia será rápido, especialmente em 2025. A expectativa é de que, à medida que a inflação seja controlada e a atividade econômica reaja ao aperto monetário, o BC poderá ajustar a taxa de juros para adequá-la às novas condições econômicas.