Paciente com implante Neuralink consegue digitar com o pensamento usando IA de Musk
Bradford G. Smith, paciente com ELA e terceiro a receber o implante cerebral da Neuralink, tem utilizado a tecnologia para digitar com o pensamento, com a ajuda de inteligência artificial (IA) desenvolvida por Elon Musk.

Em uma revolução tecnológica notável, Bradford G. Smith, o terceiro paciente a receber um implante cerebral da Neuralink, conseguiu digitar com o pensamento, utilizando a tecnologia de interface cérebro-computador da empresa de Elon Musk. A combinação do implante com a inteligência artificial generativa (IA) é um marco na medicina e tecnologia, oferecendo uma nova forma de comunicação para pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA).
O que é o chip Neuralink e como ele funciona?
O implante Neuralink, também chamado de Link, é um dispositivo inovador que conecta o cérebro diretamente a um computador. Este chip foi projetado para ouvir a atividade elétrica dos neurônios e transmitir esses sinais para um computador externo. Os sinais são enviados via rádio para controlar o cursor na tela, permitindo que o paciente interaja com dispositivos eletrônicos usando apenas o pensamento.
Bradford G. Smith, que possui ELA, tornou-se o terceiro paciente a ser implantado com a tecnologia da Neuralink. No fim de abril de 2024, ele compartilhou sua experiência no X (ex-Twitter), revelando que estava digitando com a mente. O que o diferencia de outros pacientes é o uso do Grok, um chatbot baseado em IA generativa, desenvolvido também por Musk. O Grok auxilia Smith a compor mensagens mais rapidamente, tornando o processo de comunicação mais fluido e eficiente.
A tecnologia por trás da comunicação de Smith
O processo de comunicação de Bradford Smith é um exemplo impressionante da fusão entre tecnologia de ponta e inteligência artificial. Quando implantado com o chip Neuralink, o cursor controlado pela mente de Smith inicialmente tinha pouca precisão. Porém, com semanas de treino e adaptação, ele foi capaz de melhorar o controle sobre os movimentos do cursor, o que permitiu uma interação mais eficiente com dispositivos eletrônicos.
Além disso, para tornar sua comunicação ainda mais natural, Smith utiliza a tecnologia de clonagem vocal da ElevenLabs, uma startup que criou uma réplica digital de sua voz. Com isso, suas mensagens escritas podem ser lidas em áudio, mantendo a entonação de sua voz original.
A experiência de Smith com o implante Neuralink
Smith descreveu sua experiência com o Neuralink como algo “de ficção científica”. Ele contou que, inicialmente, o movimento do cursor parecia errático, comparando-o a um “rato bêbado”, mas com o tempo e a prática, a precisão do dispositivo melhorou consideravelmente. Esse progresso é uma prova do potencial do Neuralink para restaurar a autonomia digital de pessoas com condições físicas debilitantes.
O uso de IA generativa para auxiliar na criação de respostas também é uma parte crucial do seu processo de comunicação. Embora ele seja responsável pelo conteúdo das mensagens, o Grok ajuda a compor respostas mais completas e rápidas, especialmente em interações em redes sociais, como no X. Essa combinação de tecnologias avançadas tem possibilitado uma comunicação mais fluída, superando limitações físicas impostas pela ELA.
Outros casos de sucesso e desafios no uso do Neuralink
A Neuralink já realizou outros implantes com sucesso, com um segundo paciente, identificado como Alex, sendo um ex-técnico automotivo com lesão na medula. Desde o implante, Alex foi capaz de utilizar softwares de design 3D e jogar videogames, demonstrando a versatilidade e a aplicação da tecnologia para diferentes tipos de deficiência.
No entanto, nem todos os testes foram bem-sucedidos. O primeiro paciente, Noland Arbaugh, teve problemas com o implante, já que alguns fios se soltaram do cérebro, o que levou a Neuralink a realizar mudanças no design do dispositivo. O design do chip foi otimizado, incluindo a redução do espaço entre o dispositivo e o córtex cerebral, visando aumentar a eficiência e a segurança do implante.