Nubank (ROXO34) põe fim ao home office e reacende debate sobre futuro do trabalho
Banco digital adota modelo híbrido a partir de 2026; decisão levanta reflexões sobre o equilíbrio entre produtividade, cultura e qualidade de vida.
(Fonte: Divulgação)
O Nubank (ROXO34) anunciou nesta quinta-feira (6) o fim do modelo totalmente remoto e a adoção definitiva do trabalho híbrido a partir de 2026. A decisão, comunicada pelo CEO David Vélez, marca uma virada importante na cultura do maior banco digital da América Latina e reacende uma discussão que vai muito além da empresa: qual é o verdadeiro futuro do trabalho pós-pandemia?
Fim do home office no Nubank
A partir de julho de 2026, os funcionários precisarão comparecer presencialmente aos escritórios pelo menos duas vezes por semana. Em janeiro de 2027, a frequência sobe para três dias. O Nubank afirmou que a medida busca “fortalecer a cultura de colaboração e acelerar a inovação”, após cinco anos de operação remota.
Vélez destacou que “coisas extraordinárias acontecem quando pessoas brilhantes colaboram de perto”, defendendo que as interações presenciais impulsionam ideias e resultados. O banco vai ampliar suas estruturas físicas em São Paulo, Cidade do México e Bogotá, e abrir novos escritórios em outras cidades para facilitar o deslocamento dos funcionários.
Auxílio-realocação: O desafio logístico
Para suavizar o retorno, o Nubank estabeleceu um período de transição de oito meses e oferecerá auxílio-realocação para quem precisar se mudar. Segundo o comunicado, algumas áreas continuarão remotas, como atendimento ao investidor, compliance e aquisição de talentos , funções em que o modelo virtual mostrou-se mais eficiente.
A decisão chega em um momento de alta histórica para o banco: o Nubank atingiu 122 milhões de clientes e lucro recorde de US$ 637 milhões no segundo trimestre de 2025. Paradoxalmente, esse resultado foi alcançado em plena era do home office, o que reforça o dilema sobre produtividade e presença física.
Liberdade x Conexão
A decisão do Nubank vai além de uma política interna. Ela ilustra o ponto de inflexão que muitas empresas enfrentam: como equilibrar resultados, pertencimento e autonomia num mundo onde o escritório deixou de ser o centro da vida profissional.
O futuro do trabalho talvez não esteja apenas em escolher entre casa ou escritório, mas em encontrar o ponto de convergência entre os dois; onde performance e bem-estar possam coexistir.
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