A marca brasileira de chocolates Dengo anunciou, nesta quarta-feira (15), um investimento de R$100 milhões para expandir sua fábrica em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. 

Especializada na produção de chocolates sem aditivos, seguindo o conceito bean to bar, a empresa, fundada pelo empresário Guilherme Leal, cofundador da Natura, planeja aumentar sua capacidade de produção em até cinco vezes, chegando a 24 toneladas de chocolate por dia.

O investimento será feito por meio de capital próprio e financiamento de dois dos principais bancos do país. Com isso, o complexo industrial e logístico da Dengo, atualmente com 3.000 metros quadrados, será ampliado para 13.596 metros quadrados.

Essa expansão também permitirá o desenvolvimento da cadeia de produtores de cacau, que passará dos atuais 300 para cerca de 3 mil, além de uma expansão mais agressiva da rede de lojas físicas.

Planos de expansão

A empresa possui 41 unidades no Brasil, além de duas lojas em Paris, na França. A previsão da Dengo é encerrar 2024 com 46 unidades no Brasil, mas o aumento gradual da escala industrial, que será feito por etapas, deve levar a empresa a dobrar sua variedade de produtos (atualmente são 120) e a inaugurar 240 operações até 2030. “Daqui a dois anos e meio, teremos mais de 100 lojas”, afirma Tulio Landin, co-CEO da Dengo.

Até o final de 2025, a empresa planeja investir cerca de R$25 milhões na expansão das lojas físicas, sendo que cada unidade demanda um investimento aproximado de R$800 mil. 

Para acelerar a expansão física, a Dengo também está considerando ampliar sua presença por meio de franquias. Atualmente, duas lojas estão testando esse modelo, uma no Shopping Jardim Sul, em São Paulo, e outra no shopping Iguatemi Alphaville, em Barueri, na Região Metropolitana. 

“Estamos operando assim há três meses e, até o momento, essas lojas têm mostrado ótimos resultados”, diz Landin. “Durante este ano, vamos testar esse modelo e, se confirmarmos nossas expectativas, vamos expandir o programa”. complementa. 

Além de expandir a produção, cerca de 50% do espaço da ampliação da fábrica da Dengo será dedicado à internalização do centro de distribuição da companhia. Atualmente, parte desse serviço logístico é terceirizada para uma empresa chamada Rodoluki. 

“Ao trazer isso para dentro da empresa, melhoramos a eficiência operacional, reduzimos custos e obtemos uma série de outros benefícios que não estão diretamente ligados à produção de chocolate, mas que têm um impacto significativo no negócio”, afirma Landin. Ele também menciona a possibilidade de estabelecer um centro logístico fora de São Paulo após a abertura da 100ª loja.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.