O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou forte crítica à operação militar de Israel na Faixa de Gaza, comparando-a ao Holocausto perpetrado por Adolf Hitler na Alemanha Nazista. Falando a jornalistas em Adis Abeba, Etiópia, no início desta semana, Lula reiterou sua condenação ao que classificou como “genocídio” contra o povo palestino e anunciou a intenção do Brasil de advogar pela criação de um estado palestino nas Nações Unidas.

Destacando a postura histórica do Brasil sobre a questão palestina, Lula enfatizou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado da Palestina em 2010. Ele instou à ação internacional, afirmando: “É necessário parar de ser pequeno quando precisamos ser grandes.” Lula criticou as nações, incluindo os Estados Unidos e a França, que suspenderam o financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) após acusações de Israel sobre suposto apoio da organização ao Hamas.

Questionando a bússola moral dos líderes mundiais, Lula desafiou a resposta deles à crescente crise humanitária em Gaza, perguntando: “A morte de tantos palestinos não é suficiente para despertar o sentido humanitário dos líderes políticos?” Ele alertou sobre as consequências, afirmando: “Ou os líderes políticos mudam seu comportamento em relação aos seres humanos, ou os seres humanos acabarão mudando a classe política.”

EUA discorda de comparação de Lula entre ações de Israel em Gaza e o Holocausto

O Departamento de Estado dos Estados Unidos reagiu às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação em Gaza, expressando discordância com a comparação feita por Lula entre as ações militares de Israel e o Holocausto. O porta-voz Matthew Miller afirmou nesta terça-feira, 20, que o governo americano “obviamente discorda” da afirmação do presidente brasileiro.

Miller enfatizou a posição dos Estados Unidos de que não consideram as ações em Gaza como genocídio, destacando a busca pelo fim do conflito e o aumento da ajuda humanitária à população civil na região. No entanto, ele deixou claro que não compartilham da visão expressada por Lula, ressaltando que o governo americano não concorda com tais comentários.