Lula assina decreto que regulamenta a TV 3.0 e promete revolucionar a TV aberta
O presidente Lula assinou o decreto que regulamenta a TV 3.0 no Brasil, tecnologia que integra internet à TV aberta e oferece recursos como interatividade, votações em tempo real, compras pelo controle remoto e acesso a serviços públicos digitais.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Lula assinou nesta quarta-feira (27) o decreto que regulamenta a TV 3.0, tecnologia que promete transformar a forma como os brasileiros assistem à televisão aberta. Segundo o governo, a inovação vai integrar serviços de internet à transmissão tradicional, oferecendo mais interatividade, qualidade de imagem e som superiores, além de novas funcionalidades para os telespectadores.
A cerimônia de assinatura contou com a presença de ministros estratégicos, como Frederico de Siqueira (Comunicações), Rui Costa (Casa Civil), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social). Durante o evento, destacou-se a importância da tecnologia não apenas para a modernização do setor, mas também como um avanço estratégico em termos de soberania nacional.
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O que é a TV 3.0 e como ela funciona
A chamada TV 3.0, também conhecida como DTV+, é considerada a “TV do futuro”. A principal inovação está na integração da internet com a programação tradicional, permitindo que conteúdos sejam personalizados e que o usuário interaja em tempo real. Entre os recursos previstos estão:
- Votações em tempo real durante programas e eventos.
- Alertas de emergência transmitidos diretamente na tela da TV.
- Ofertas de serviços públicos digitais.
- Compras pelo controle remoto, conectando o telespectador a produtos e serviços.
- Canais abertos exibidos não mais em listas, mas como ícones semelhantes aos de aplicativos, facilitando a navegação.
Segundo especialistas, essas funcionalidades não só modernizam a experiência do telespectador, como também colocam o Brasil na vanguarda da radiodifusão mundial. A integração entre TV e internet também abre espaço para publicidade mais segmentada e interação direta com conteúdos de interesse do usuário.
Impacto imediato para os brasileiros
O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira, ressaltou que a implementação da TV 3.0 será gradual. “Nenhum brasileiro precisará trocar de aparelho imediatamente. As tecnologias da TV Digital e da TV 3.0 caminharão juntas no primeiro momento”, explicou.
Para novos aparelhos, a tecnologia já virá embutida de fábrica. Para televisores já existentes, será necessário utilizar um conversor, cujo preço ainda não foi definido pelo governo. O Ministério das Comunicações afirmou que especulações sobre o valor de aproximadamente R$ 400 são prematuras e que, com o tempo, os preços devem cair à medida que o mercado evoluir.
A TV 3.0 será introduzida de forma escalonada, com prioridade para as grandes capitais. A previsão é que parte da população já tenha acesso à tecnologia durante a Copa do Mundo de 2026, enquanto a implementação completa pode levar entre dez e quinze anos.
Declarações políticas e importância estratégica
Além do aspecto tecnológico, a TV 3.0 foi apresentada como um instrumento de soberania nacional. Sidônio Palmeira, da Secom, destacou que o projeto conecta a agenda digital do país à promoção de direitos sociais e modernização tecnológica.
Frederico de Siqueira definiu o momento como um “dia histórico”, afirmando que a TV 3.0 coloca o Brasil à frente na inovação digital na América Latina e no grupo Brics. A implementação gradual busca garantir que todos os brasileiros possam se adaptar à nova tecnologia sem prejuízos.
Contexto internacional e pioneirismo do Brasil
O governo ressaltou que o Brasil será o primeiro país da América Latina e do Brics a adotar a TV 3.0, consolidando sua posição como líder em inovação na radiodifusão digital. Esse movimento é visto como estratégico, pois une avanço tecnológico, integração digital e fortalecimento da soberania nacional.
A iniciativa também reforça a importância de investimentos em infraestrutura tecnológica e serviços digitais, abrindo espaço para novas oportunidades de negócios e serviços públicos mais eficientes.
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