A Vale (VALE3) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) na noite da última quinta-feira (25), onde reportou uma alta de mais de 200% em seu lucro líquido, que atingiu US$ 2,7 bilhões. No mesmo período do ano passado, o valor registrado foi de US$ 892 milhões.

De acordo com o relatório enviado ao mercado, no acumulado do primeiro semestre de 2024 o lucro líquido alcançou US$ 14,683 bilhões ante US$ 14,690 bilhões do ano anterior, permanecendo estável.

Já a receita líquida de vendas da mineradora atingiu US$ 9,9 bilhões, representando uma alta de 3% em comparação com os  R$ 9,6 bilhões registrados no mesmo período em 2023. No acumulado anual, alcançou US$ 18,3 bi ante US$ 18,1 bilhões dos seis primeiros meses de 2023, tendo uma alta de 2%.

No que diz respeito ao Ebitda ajustado, a soma total foi de US$ 3,993 bilhões contra US$ 3,998 bilhões do segundo trimestre de 2023, registrando estabilidade na comparação.

Resultados das vendas de minério da Vale (VALE3)

As vendas de minério de ferro aumentaram de forma expressiva, com um acréscimo de 5,4 milhões de toneladas (Mt), representando um crescimento de 7% em relação ao ano anterior, e um incremento de 16,0 Mt (25%) em comparação com o trimestre anterior. Esse desempenho foi favorecido por uma produção recorde para um segundo trimestre desde 2018 e pela venda de estoques acumulados.

Além disso, o resultado positivo das vendas resultou em um EBITDA Proforma de US$ 4 bilhões. Apesar de ser ligeiramente inferior ao do ano anterior (-6%), devido a custos de frete mais altos e a uma maior concentração de atividades de manutenção, o EBITDA Proforma aumentou 15% em relação ao trimestre anterior.

Já o custo caixa C1 dos finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, subiu 6% em comparação com o 2T23, atingindo US$ 24,9 por tonelada. Este aumento foi causado pelo impacto sazonal do giro de estoques e pela concentração de atividades de manutenção. Apesar disso, esses efeitos foram parcialmente mitigados pelos maiores volumes de produção e pela depreciação do real, conforme detalhado no balanço da empresa.

A mineradora segue confiante em atingir seu guidance de custo C1 de US$ 21,5-23,0 por tonelada em 2024. Essa expectativa se deve especialmente aos maiores volumes de produção de menor custo do Sistema Norte no segundo semestre, enquanto as atividades de manutenção concentradas no primeiro semestre estabelecem condições para custos mais baixos e um desempenho operacional melhor na segunda metade do ano.

Brumadinho e Mariana

No relatório divulgado, a Vale também mencionou que o acordo de Reparação Integral de Brumadinho está 75% concluído, com R$ 3,6 bilhões pagos em compensações individuais desde 2019.

Já sobre Mariana, informou que a Samarco e BHP estão negociando um acordo sobre as reparações, com R$ 37 bilhões já desembolsados pela Renova até o final do trimestre, e estão próximos de chegar a um entendimento com as autoridades.