O conglomerado industrial chileno Empresas Copec comunicou a aprovação da venda de uma parcela de seus negócios florestais para a empresa brasileira Klabin (KLBN3), num acordo avaliado em cerca de 1,16 bilhão de dólares.

A Copec, por meio de sua subsidiária florestal Arauco, irá alienar unidades florestais situadas predominantemente no Estado do Paraná, conjuntamente denominadas Sociedades Forestales Brasileñas.

A Klabin esclareceu que o acordo abrange 150.000 hectares no Paraná, com aproximadamente 56% considerados terras produtivas, além de 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, equipamentos e maquinário.

Objetivos da Klabin

A Klabin destacou que a aquisição contribuirá para sua autossuficiência, permitindo a compra de menos madeira de terceiros e, assim, reduzindo custos operacionais.

O acordo ocorre em meio às dificuldades enfrentadas pela Copec, que registrou prejuízos no último trimestre. Condições climáticas extremas, como enchentes, secas e incêndios, associadas ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, afetaram seus negócios florestais.

A venda, conduzida pela Arauco, exclui ativos industriais relacionados às fábricas de painéis de madeira no Brasil, assim como outros ativos florestais no estado do Mato Grosso do Sul.

Aprovações regulatórias e condições do acordo com a Copec

O fechamento do acordo está sujeito a aprovações regulatórias, incluindo a autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O preço final pode depender de fatores como a quantidade de madeira presente no momento do fechamento.

Se concretizado, estima-se que o negócio terá um impacto positivo de aproximadamente 130 milhões de dólares após impostos nos resultados da Arauco em 2024, conforme projeções preliminares divulgadas pela Copec.

A Klabin ajustou suas previsões, incluindo o novo projeto. Os investimentos (capex) foram reduzidos para 3,3 bilhões de reais em 2024, em comparação com a projeção anterior de 4,5 bilhões de reais. O capex deve atingir 3,1 bilhões de reais em 2025, com a expectativa de uma redução anual para 2,5 bilhões de reais a partir de 2028 com a integração do projeto.