Na opinião de  69% dos entrevistados, os juros altos contribuem significativamente para o aumento do custo de vida no Brasil, conforme indica a pesquisa Cost of Living Monitor, produzida pela Ipsos. O levantamento, realizado em 32 países, entrevistou cerca de mil brasileiros entre 22 de março e 5 de abril.

Embora ainda elevado, esse percentual está em queda: em novembro de 2022, chegou a 83%, quando o Brasil era o segundo país mais preocupado com o tema entre todas as nações pesquisadas. No entanto, os entrevistados continuam preocupados com o aumento dos preços de produtos e serviços. Para 53%, os preços continuarão subindo.

Os dados mostram que a maioria dos brasileiros não se sente bem financeiramente. Apenas 6% dos entrevistados afirmaram estar confortáveis com seus rendimentos, superando apenas a Argentina, que ficou em último lugar no ranking de satisfação financeira, com 3% de aprovação.

Apesar da crise com o custo de vida, 32% dos brasileiros veem que, ao menos, a situação é melhor em comparação com países vizinhos. Os mais pessimistas nesse sentido são Hungria (74%), Argentina (69%) e Peru (63%).

Mesmo com essa conjuntura, 22% dos entrevistados brasileiros esperam uma melhora no padrão de vida dentro de seis meses.

O desemprego também é uma forte preocupação para os brasileiros. Entre os entrevistados, 47% acreditam que o número de pessoas desempregadas vai aumentar, um aumento de 8% em relação a novembro de 2022, quando a última medição foi feita.

Além disso, 54% dos entrevistados acreditam que os impostos subirão no Brasil nos próximos seis meses.

No total, a pesquisa Ipsos ouviu 24.801 pessoas e estima uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais para as respostas colhidas no Brasil.