O presidente argentino Javier Milei está entre os convidados do CPAC Brasil (Conferência de Ação Política Conservadora), que acontece em Balneário Camboriú (SC) neste fim de semana, dias 6 e 7 de julho. Este evento é considerado o maior e mais influente entre os políticos conservadores em todo o mundo.

A expectativa é que Milei chegue ao Brasil na noite de hoje e participe do evento no domingo.

A organização do CPAC também confirmou a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Conflitos entre Milei e Lula

O presidente argentino Javier Milei está entre os convidados do CPAC Brasil (Conferência de Ação Política Conservadora), que acontece em Balneário Camboriú (SC) neste fim de semana, dias 6 e 7 de julho. Este evento é considerado o maior e mais influente entre os políticos conservadores em todo o mundo.

A expectativa é que Milei chegue ao Brasil na noite de hoje e participe do evento no domingo.

A organização do CPAC também confirmou a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

A primeira visita do presidente da Argentina ao Brasil após sua eleição ocorre em meio a declarações polêmicas envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com trocas de farpas entre ambos os lados.

Na semana passada, através de uma postagem nas redes sociais, Milei chamou o presidente Lula de “perfeito dinossauro idiota” e fez uma série de críticas ao líder brasileiro, que abrangeram temas como a tentativa de golpe de Estado na Bolívia e a eleição presidencial argentina do ano anterior.

“Se tivéssemos feito as coisas como esse grande dinossauro idiota dizia, já teria perdido”, escreveu Milei na plataforma X.

Milei voltou a criticar o presidente Lula, mencionando sua prisão e chamando-o de “comunista”.

Antes disso, Lula havia condicionado uma eventual conversa com Milei a um pedido de desculpas do líder argentino pelas “muitas bobagens” ditas. “Eu não conversei com o presidente da Argentina porque acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim. Ele falou muita bobagem”, declarou Lula ao UOL.

“Eu só quero que ele peça desculpas. A Argentina é um país que eu gosto muito, é um país muito importante para o Brasil, o Brasil é muito importante para a Argentina, e não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre Brasil e Argentina. Os povos argentino e brasileiro são maiores que os presidentes”, afirmou Lula.

Manuel Adorni, o porta-voz da presidência argentina, declarou em resposta que Milei não tinha feito nada de que se arrependesse. “Está dentro de seus desejos e respeitamos, mas o presidente (Milei) não cometeu nada de que tenha que se arrepender, ao menos por ora”, falou Adorni em relação às declarações de Lula.

Visita ao Brasil

O governo da Argentina informou ao Itamaraty que a viagem de Javier Milei ao Brasil seria uma “visita privada”, descartando qualquer possibilidade de encontro com o presidente Lula.

Além disso, Milei recusou auxílio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil durante a viagem. Ele receberá apoio do governo de Santa Catarina, que fornecerá dois carros e escolta policial ao presidente argentino.

De acordo com o jornal ND, de Santa Catarina, a chegada do presidente está prevista para às 21 horas no aeroporto de Navegantes, no Litoral Norte do Estado.

Logo após, o líder argentino seguirá para um hotel em Balneário Camboriú, onde estarão hospedados os palestrantes da CPAC. Na manhã de domingo (07), Milei tem reuniões programadas com alguns empresários catarinenses.

O presidente argentino também se encontrará com o governador Jorginho Mello. Milei participará do CPAC à tarde e retornará à Argentina na mesma noite.

Vale destacar que o presidente argentino estará ausente na Cúpula do Mercosul, que acontece na segunda-feira (08) em Assunção, Paraguai. A chanceler Diana Mondino vai representar a Argentina no evento.

A ausência gerou críticas. Na última quarta-feira (04), a secretária do Itamaraty para América Latina e Caribe classificou a ausência de Milei na Cúpula do Mercosul como “lamentável”.