A atividade econômica da Argentina contraiu 1,7% em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme informou a agência oficial de estatísticas do país na última sexta-feira (28). Embora ainda negativa, essa queda representou uma ligeira melhora em comparação com as contrações mais acentuadas registradas nos meses anteriores.

Esse resultado marcou o sexto mês consecutivo de retração anual, refletindo a desaceleração econômica desde que o presidente libertário Javier Milei implementou medidas rigorosas de austeridade após assumir o cargo em dezembro.

A contração de abril foi menos severa do que a baixa de 4% esperada por analistas consultados pela Reuters, contrastando com as quedas de 2,7% em fevereiro e 8,3% em março.

Segundo dados da agência de estatísticas Indec, oito setores registraram quedas na comparação anual de abril. O setor de construção foi o mais afetado, com uma queda de 24,8% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto a indústria manufatureira registrou uma queda de 15,7%.

Presidente da Argentina x Lula

Javier Milei, presidente argentino, recusou-se a se retratar após ser alvo de críticas contundentes por parte do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

As tensões entre os líderes aumentaram quando Lula exigiu um pedido de desculpas de Milei, que o havia anteriormente rotulado como “comunista” e “corrupto”. Em resposta, Milei chamou Lula de “esquerdinha com ego inflado”, reafirmando suas posições anteriores em relação ao líder brasileiro.

Em declarações recentes, Lula destacou que Milei deveria se retratar por suas acusações, porém admitiu que ainda não havia conversado diretamente com o presidente argentino sobre o assunto. Para o líder brasileiro, as afirmações de Milei são difamatórias e insistiu em um gesto de desculpas.

Já Javier Milei acredita que a exigência é uma questão trivial e até mesmo “pré-adolescente”. Em uma entrevista franca, comparou a situação a outros atritos que teve com líderes mundiais, sugerindo que disputas políticas desse tipo são comuns na arena internacional.

Além disso, o presidente argentino não hesitou em mencionar a suposta interferência de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições locais em favor de Sérgio Massa, seu rival político. Milei argumenta que assessores brasileiros estiveram ativamente envolvidos na campanha de Massa, levantando questões sobre a veracidade das informações disseminadas durante o processo eleitoral argentino.