Decisão de importação de arroz gera controvérsia entre governo e oposição
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou a realização do primeiro leilão para quinta-feira (6) como resposta às recentes enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram os preços e a disponibilidade de arroz no mercado nacional. O volume autorizado para importação é de até 1 milhão de toneladas, buscando compensar as perdas estimadas na […]

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou a realização do primeiro leilão para quinta-feira (6) como resposta às recentes enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram os preços e a disponibilidade de arroz no mercado nacional. O volume autorizado para importação é de até 1 milhão de toneladas, buscando compensar as perdas estimadas na safra gaúcha, que representa cerca de 70% da produção de arroz do país.
Parlamentares do Partido Novo, incluindo deputados federais e estaduais, contestaram a decisão da Conab, buscando suspender o processo através de uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) e uma Ação Popular na Justiça Federal. Eles argumentam que a produção local é suficiente para suprir a demanda nacional, mesmo diante das perdas causadas pelas enchentes.
O governo do Rio Grande do Sul se posicionou contra a importação de arroz, destacando que a produção estadual é capaz de atender às necessidades do mercado brasileiro. Alertam para possíveis impactos negativos na arrecadação do estado e nos produtores locais caso a importação seja efetivada.
Por outro lado, o governo federal, liderado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defende a importação como uma medida para conter a especulação de preços do arroz. Argumentam que a medida não visa prejudicar os produtores gaúchos, mas sim garantir o abastecimento do mercado nacional a preços razoáveis.