A segunda-feira (05) começou com um cenário caótico nos mercados! No entanto, no Brasil, o Ibovespa registrou uma queda mais suave do que o esperado, fechando em baixa de 0,46%, aos 125.269,54 pontos, com uma perda de 584,55 pontos. O motivo foi a disparada do Bradesco (BBDC4), que divulgou hoje seu balanço do segundo trimestre reportando um lucro líquido acima do esperado e tendências positivas para os próximos meses.

A queda de 12,4% do índice japonês Nikkei, a maior desde o crash de 1987 e uma queda de 25% em relação à máxima histórica de julho, destacou-se como um dos principais eventos do dia. 

De acordo com analistas, o movimento foi impulsionado pelo “carry trade” no Japão e a aversão a mercados emergentes, juntamente com o risco de recessão global, conforme apontado pelos recentes dados americanos.

Já as bolsas europeias também recuaram significativamente, e em Wall Street, a situação foi similar, com o índice de volatilidade VIX chegando a subir mais de 100%.

O dólar comercial teve um dia volátil, alcançando a cotação máxima de R$ 5,86 antes de recuar e fechar a R$ 5,74, com alta de 0,56%. A movimentação foi impactada por uma combinação de fatores, incluindo os dados de empregos nos Estados Unidos divulgados na última sexta-feira (02), que foram abaixo das expectativas. 

Além disso, uma série de balanços corporativos fracos de grandes empresas de tecnologia e o aumento das preocupações com a economia chinesa contribuíram para uma liquidação global nos mercados de ações, petróleo e moedas de alto rendimento. Nesse cenário, os investidores buscaram ativos considerados mais seguros, o que elevou a demanda por dólar.

As ações das principais empresas de tecnologia, incluindo Alphabet, Amazon, Meta, Microsoft, Tesla, Apple e Nvidia, sofreram quedas significativas. Essas empresas, conhecidas como o grupo “Sete Magníficas”, viram uma desvalorização expressiva, com perdas que estavam prestes a retirar quase US$ 900 bilhões do valor de mercado combinado das companhias.

Impacto no Brasil

Apesar de algumas condições aliviarem a situação do Ibovespa, as perdas foram amplas. As ações da Vale (VALE3) caíram 1,08%, mesmo com a alta do minério de ferro. A Petrobras (PETR4) acompanhou o pessimismo e a queda do petróleo internacional, recuando 1,32%.

Por sua vez, a B3 (B3SA3) também teve uma leve desvalorização de 0,28%. No setor varejista, a maioria das ações perdeu terreno, com o Magazine Luiza (MGLU3) caindo 0,35%, embora Lojas Renner (LREN3) tenha conseguido um ganho de 2,20%.

Poucas ações finalizam o dia em alta. Entre os destaques positivos, o GPA (PCAR3) disparou 15,36%, e o Bradesco (BBDC4) subiu impressionantes 7,67%, enquanto BBDC3 avançou 8,30%. Esse movimento ocorreu após o banco registrar um lucro líquido recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, representando um aumento de 12% em relação ao trimestre anterior e 9% acima das expectativas do JPMorgan.

Maiores altas do Ibovespa hoje (05)

AtivoTickerValorização Valor por ação 
GPAPCAR3+0,403,07
Bradesco ONBBDC3+0,9412,27
Bradesco PNBBDC4+0,9613,61
RDRADL3+1,6730,07
HyperaHYPE3+0,8029,05
PetzPETZ3+0,103,73
MinervaBEEF3+0,156,62

Maiores quedas do Ibovespa hoje (05)

AtivoTickerValorizaçãoValor por ação
CVCCVCB3-0,111,74
EztecEZTC3-0,5913,31
EnergisaENGI11-1,6444,04
AlpargatasALPA4-0,308,28
RumoRAIL3-0,7222,69
DexcoDXCO3-0,226,94
UltraparUGPA3-0,7022,14