Ibovespa fecha em leve alta, impulsionado por bancos e Petrobras
O Ibovespa teve uma leve alta de 0,13% nesta segunda-feira, fechando a 119.006,93 pontos, impulsionado pelas ações da Petrobras e dos grandes bancos brasileiros.

O Ibovespa fechou nesta segunda-feira (13) com leve alta de 0,13%, alcançando os 119.006,93 pontos, impulsionado pela valorização das ações de Petrobras e de grandes bancos brasileiros. Apesar da tímida alta, o mercado permanece cauteloso em meio à expectativa sobre novas medidas fiscais do governo federal e ao cenário internacional. A Petrobras (PETR4), que subiu 0,35%, foi uma das principais responsáveis pela recuperação do índice, enquanto o dólar terminou o dia com baixa de 0,07%, cotado a R$ 6,09.
O que impulsionou o Ibovespa?
O movimento do Ibovespa desta segunda-feira foi influenciado por fatores internos e externos. A valorização do petróleo internacional ajudou a impulsionar as ações da Petrobras, que teve uma alta de 0,35%, após a confirmação de que a companhia não repassará o aumento da commodity para os preços internos. Além disso, os grandes bancos também desempenharam um papel importante na elevação do índice. Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) subiram 0,72% e 0,36%, respectivamente, mesmo diante de análises que rebaixaram a recomendação das ações de algumas instituições financeiras.
Por outro lado, as ações da Vale (VALE3) caíram ligeiramente, 0,02%, mesmo com a alta do minério de ferro na China. Esse movimento reflete a cautela do mercado em relação a algumas ações do setor, especialmente em um cenário de desconfiança sobre o governo federal e sua política fiscal.
A tensão fiscal e a expectativa do mercado
O mercado está atento às sinalizações do governo federal, que, segundo Dario Durigan, secretário executivo do Ministério da Fazenda, deve adotar novas medidas fiscais ainda em 2025. No entanto, a resposta do mercado foi morna. Se em novembro essa informação poderia ter gerado um entusiasmo maior, agora a percepção dos investidores é de que ainda há incertezas quanto à implementação dessas medidas.
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que, apesar das dificuldades, a meta de resultado primário do governo para 2024 tende a ser cumprida. Contudo, o quadro fiscal continua sendo motivo de preocupação. O presidente Lula tem demonstrado otimismo, mas as incertezas fiscais continuam a pesar no comportamento dos investidores, que mantêm uma postura cautelosa.
Desempenho dos mercados globais
Enquanto o mercado local reflete essa desconfiança interna, as bolsas globais também mostraram um comportamento misto. Na Europa, os índices caíram, e nos EUA, o Dow Jones subiu 0,88%, enquanto o Nasdaq caiu 0,38%. Os investidores continuam rotacionando suas ações, migrando de setores de tecnologia para opções mais tradicionais, diante do aumento dos rendimentos dos Treasuries. O rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos atingiu o nível mais alto desde novembro de 2023, o que indica um aumento no custo do crédito e um maior risco no mercado de ações.
Esse movimento é esperado por analistas, que projetam um cenário em que o Federal Reserve pode interromper o ciclo de altas nas taxas de juros, principalmente devido à resistência do mercado de trabalho e à recuperação dos preços. A tensão geopolítica, especialmente no Oriente Médio, também segue pressionando os mercados financeiros, com possíveis desdobramentos de impacto econômico global.
Expectativas para os próximos dias
A semana promete continuar agitada, com investidores aguardando dados econômicos relevantes. A inflação ao produtor (PPI) nos EUA, prevista para ser divulgada nesta terça-feira, e a inflação ao consumidor (CPI) de dezembro, que será publicada na quarta-feira, devem movimentar os mercados, impactando as decisões dos investidores. Esses indicadores são cruciais para o cenário econômico global e podem influenciar diretamente o comportamento das bolsas e dos ativos financeiros.
No mercado local, a expectativa também gira em torno da forma como o governo brasileiro lidará com sua política fiscal e as possíveis mudanças no ambiente econômico. O IBOV permanece cauteloso, com uma alta modesta no início de janeiro, acumulando um declínio de 1,06% no mês.
Dólar e Juros Futuros
O dólar encerrou a sessão com uma leve queda de 0,07%, cotado a R$ 6,09, após ter apresentado uma alta inicial. Esse movimento reflete a volatilidade do câmbio diante das incertezas internas e externas, como o futuro das taxas de juros no Brasil e nos EUA.
Os juros futuros (DIs) também registraram variações mistas, com a taxa de DI1F26 (para 2026) registrando uma queda de 0,14 p.p., e a DI1F31 (para 2031) subindo 0,01 p.p.. Essa oscilação demonstra a cautela dos investidores com relação às expectativas fiscais e econômicas para os próximos meses.
Maiores altas do Ibovespa hoje (13)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
IRBR3 | +4.60% | R$ 48,20 |
ENEV3 | +3.46% | R$ 11,06 |
BPAC11 | +2.13% | R$ 28,32 |
CMIN3 | +2.06% | R$ 4,95 |
MRVE3 | +1.96% | R$ 5,19 |
Maiores quedas do Ibovespa hoje (13)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
BEEF3 | -5.31% | R$ 4,81 |
PCAR3 | -4.71% | R$ 2,63 |
CRFB3 | -4.37% | R$ 5,25 |
YDUQ3 | -4.24% | R$ 8,59 |
NTCO3 | -4.13% | R$ 12,08 |
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 118.856 | -925 | -0,77% |
🇧🇷 USD/BRL | 6,0970 | -0,0262 | -0,0262 |
🇺🇸 S&P 500 | 5.827,00 | -91,30 | -1,54% |