A Hypera (HYPE3), uma das principais empresas farmacêuticas brasileiras, emitiu um comunicado ao mercado na noite de quinta-feira, 6 de março de 2025, para esclarecer informações veiculadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem havia sugerido que José Alves de Queiroz Filho, sócio-fundador da companhia, juntamente com o fundo mexicano Maiorem, estaria em negociações com a Votorantim para criar um novo acordo de acionistas, com o objetivo de fortalecer o controle da empresa e impedir possíveis ofertas hostis.

A especulação levantada pelo O Estado de S. Paulo apontava que o novo acordo de acionistas teria como intuito consolidar um bloco de controle superior a 50% das ações da Hypera. Atualmente, José Alves de Queiroz Filho, o fundo Maiorem e a Votorantim possuem, juntos, uma participação de 47,1% no capital da farmacêutica. O movimento estaria sendo articulado para garantir que esse grupo consiga manter a liderança na empresa, evitando, assim, a possibilidade de uma aquisição hostil por outra parte interessada.

O comunicado foi emitido na noite de quinta-feira, 6 de março de 2025, pelo próprio conselho da Hypera, buscando esclarecer aos investidores e ao mercado financeiro as informações em circulação. O esclarecimento foi dado após as notícias se espalharem rapidamente entre os analistas e investidores da companhia, gerando especulações sobre a situação acionária da empresa.

Em sua nota, a Hypera esclareceu que os acionistas signatários do acordo de acionistas mantiveram apenas contatos preliminares com a Votorantim, na qualidade de acionista relevante da companhia. No entanto, a empresa fez questão de ressaltar que, até o momento, não há negociações formais em andamento sobre os termos de um possível novo acordo de acionistas, tampouco qualquer proposta a ser considerada.

A especulação sobre um novo acordo de acionistas e a concentração de poder de controle pode ter implicações significativas para o futuro da Hypera no mercado. O fortalecimento do controle acionário poderia dificultar a entrada de novos investidores ou aquisições hostis, além de garantir que os atuais acionistas mantenham sua influência nas decisões estratégicas da empresa. Isso geraria, possivelmente, uma maior estabilidade para os investidores que já estão comprometidos com a companhia e seus rumos no setor farmacêutico.