Haddad afirma confiança no cumprimento da meta fiscal em Nova York
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança no cumprimento da meta fiscal deste ano, destacando a transformação de receitas extraordinárias em sustentáveis para o próximo ano. Ele enfatizou a importância de estabilizar as despesas da Previdência e a relevância dessa mudança para o futuro econômico do Brasil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua “muita confiança” de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva cumprirá a meta fiscal para este ano. Durante uma coletiva de imprensa em Nova York, Haddad destacou que a administração atual está implementando uma nova abordagem em relação às receitas, visando uma estabilidade fiscal mais consistente.
Haddad esclareceu que as receitas extraordinárias deste ano se tornarão ordinárias no próximo, o que representa um passo positivo para as finanças públicas brasileiras. “Essa receita extraordinária vai virar ordinária o ano que vem. A remuneração começa no próximo ano, e o fim do Perse acontece também no próximo ano”, afirmou o ministro, ressaltando que essa mudança deve ser vista como uma boa notícia para a economia.
Essa transição é um indicativo de que o governo está buscando garantir uma base fiscal sólida, essencial para atrair investimentos e promover o crescimento econômico. A estratégia visa não apenas o cumprimento das metas imediatas, mas também a criação de um ambiente financeiro mais previsível a longo prazo.
O ministro enfatizou que a administração Lula está substituindo o que ele chamou de “tapa-buraco” na gestão fiscal por soluções sustentáveis e consistentes. “Isso é um legado do governo. Colocar receitas ordinárias no patamar adequado para honrar as despesas que o Congresso Nacional assumiu”, declarou Haddad.
Essa mudança de postura é crucial para evitar os problemas fiscais enfrentados em administrações anteriores, que muitas vezes dependeram de soluções temporárias que não garantiam a estabilidade financeira necessária.
Outra questão abordada pelo ministro foi a acomodação das despesas previdenciárias, que anteriormente preocupavam a equipe econômica. “A acomodação das despesas é vista como uma má notícia, mas para nós é uma boa notícia”, disse. A estabilização das despesas da Previdência no quarto relatório bimestral de despesas e receitas aliviou as tensões sobre o orçamento, permitindo ao governo concentrar esforços em outras áreas prioritárias.
A previsão de que as despesas se estabilizem é vital para garantir a continuidade dos programas sociais e a segurança financeira do país. Haddad acredita que essa acomodação positiva deve beneficiar o Brasil não apenas em 2024, mas também a longo prazo.
Quando questionado sobre a necessidade de uma reforma da Previdência, Haddad afirmou que essa questão não está sendo discutida no momento. “O fato é que a receita previdenciária está se acomodando, e isso foi uma surpresa positiva”, disse o ministro. Essa perspectiva sugere que o governo pode priorizar outras reformas que estimulem o crescimento econômico sem comprometer a segurança social.
Com um foco renovado em estabilidade e sustentabilidade fiscal, a administração atual parece determinada a criar um ambiente econômico mais estável, que possa servir de base para o crescimento e desenvolvimento futuros.