Grupo Mateus e Novo Atacarejo anunciam parceria estratégica no Nordeste
O Grupo Mateus (GMAT3) e o Novo Atacarejo surpreenderam o mercado ao revelar um memorando de entendimento não vinculativo (MOU) para uma parceria estratégica. Esta joint venture combinará 21 lojas do Grupo Mateus em Pernambuco, Paraíba e Alagoas com 29 lojas do Novo Atacarejo, criando uma nova empresa de R$ 6,8 bilhões em receita bruta. […]

O Grupo Mateus (GMAT3) e o Novo Atacarejo surpreenderam o mercado ao revelar um memorando de entendimento não vinculativo (MOU) para uma parceria estratégica. Esta joint venture combinará 21 lojas do Grupo Mateus em Pernambuco, Paraíba e Alagoas com 29 lojas do Novo Atacarejo, criando uma nova empresa de R$ 6,8 bilhões em receita bruta. Com 51% da participação pertencente ao Grupo Mateus e os restantes 49% aos acionistas do Novo Atacarejo, esta parceria promete redefinir o cenário varejista do Nordeste.
Análise dos impactos financeiros e estratégicos
O anúncio da parceria impulsionou as ações na quarta-feira (29) em 4,53%, demonstrando o otimismo dos investidores em relação aos impactos financeiros e estratégicos. Analistas destacam que o investimento previsto entre R$ 500 milhões e 900 milhões por parte do Grupo Mateus terá um impacto limitado na alavancagem consolidada. Com as receitas do Novo Atacarejo representando quase metade das receitas do Grupo Mateus nos três estados em questão, espera-se um crescimento substancial na região.
Perspectivas dos analistas sobre parceria estratégica do Grupo Mateus e Novo Atacarejo no Nordeste
A XP e o Bradesco BBI expressaram opiniões positivas sobre a parceria. A XP enfatiza o fortalecimento da presença do Grupo Mateus no Nordeste e a expectativa de sinergias de capital de giro e despesas. Já o Bradesco BBI ressalta o aumento do market share contra concorrentes como o Carrefour Brasil e o Assaí, considerando o movimento como uma solução positiva e inovadora para a expansão inorgânica da empresa.
Apesar dos benefícios evidentes, analistas apontam para possíveis desafios e complexidades associados à parceria. A manutenção da alta administração do Novo Atacarejo no comando das lojas e a falta de histórico público de desempenho levantam preocupações. O BBI destaca a necessidade de aguardar mais detalhes e aprovações das autoridades antes de adicionar números ao modelo oficial.
Em meio às incertezas, analistas concluem que a GMAT3 permanece razoavelmente avaliada, com uma recomendação neutra do BBI. A expectativa pelo próximo passo na aprovação da parceria pelas autoridades gera uma perspectiva cautelosamente otimista. Enquanto isso, o potencial pagamento adicional em dinheiro para equilibrar as participações permanece como um fator a ser monitorado de perto pelos investidores.