Na última segunda-feira (24), os funcionários da Petrobras (PETR4) aprovaram, em assembleias realizadas em diversas unidades da empresa, uma greve de 24 horas marcada para o dia 26 de março. A mobilização foi convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em resposta à falta de acordo sobre diversas questões trabalhistas, com destaque para o teletrabalho e as condições de trabalho nas áreas administrativas da empresa.

Motivo principal da greve

A greve de advertência visa protestar contra a postura da atual gestão da Petrobras, que, segundo a FUP, tem esvaziado os fóruns de negociação coletiva e desrespeitado os princípios das negociações com os sindicatos. O movimento surgiu como uma resposta às mudanças nas condições de trabalho e à falta de diálogo entre os representantes da empresa e os trabalhadores.

Reivindicações dos trabalhadores da Petrobras

A principal reivindicação dos funcionários da Petrobras é o regime de teletrabalho, que, de acordo com a FUP, precisa ser negociado coletivamente. Atualmente, o regime vigente permite que os trabalhadores administrativos realizem dois dias de trabalho remoto por semana. Contudo, a empresa pretende ampliar esse número para três dias, a partir de 7 de abril, sem ter formalizado um acordo com os sindicatos.

Além do teletrabalho, a greve também inclui outras pautas, como:

  • Redução da remuneração variável: A FUP questiona mudanças na estrutura de pagamentos da Petrobras, especialmente com relação à remuneração variável dos trabalhadores.
  • Recomposição de efetivos e garantias de segurança: O movimento também cobra a recomposição dos efetivos da empresa, bem como medidas para garantir a segurança de todos os trabalhadores do Sistema Petrobras, das prestadoras de serviços e durante os períodos de manutenção nas unidades da empresa.

O que a greve representa para a Petrobras

Embora a greve seja de caráter breve, com duração de apenas 24 horas, ela possui grande simbolismo. Os trabalhadores da Petrobras desejam que a gestão da empresa entenda a importância de negociar coletivamente e de manter a segurança e a dignidade dos seus funcionários em suas atividades diárias.

A FUP, em seu comunicado, afirmou que o movimento é uma forma de protestar contra a resistência da gestão em negociar mudanças nas condições de trabalho, especialmente aquelas que afetam diretamente o regime de teletrabalho e as práticas de remuneração.

Impactos nas operações da Petrobras

Em um cenário de greve de curto prazo, como a que está programada para ocorrer em 26 de março, a Petrobras geralmente conta com equipes de contingência. Esses grupos são preparados para minimizar os impactos nas operações da empresa, especialmente em relação às atividades mais sensíveis e essenciais.

Em comunicado, a FUP reforçou que, apesar de a greve ser de apenas um dia, ela serve como um alerta para a gestão da empresa sobre o descontentamento dos trabalhadores e a necessidade de buscar um diálogo mais efetivo e transparente.