O governo dos Estados Unidos mantém sua série de anúncios de estímulos para impulsionar a produção de semicondutores, sob o guarda-chuva do Chips and Science Act, legislação aprovada durante a gestão de Joe Biden. 

Após confirmar em 8 de março um programa de US$11,6 bilhões para a empresa taiwanesa TSMC, nesta semana foram divulgados planos de investimento para as empresas coreana Samsung e a americana Micron Technology.

No início desta semana, o Departamento de Comércio confirmou a assinatura de um memorando preliminar para conceder até US$6,4 bilhões em financiamento direto à Samsung Electronics, visando apoiar um amplo cluster de semicondutores de última geração e projetos de pesquisa e desenvolvimento no setor em Taylor, Texas, além da expansão da fábrica em Austin.

A empresa planeja investir mais de US$40 bilhões na região nos próximos anos, o que resultará na criação de mais de 20.000 empregos.

Na última quarta-feira (17), o senador democrata Chuck Schumer revelou que o governo federal concordou em conceder à Micron Technology um aporte de US$6,1 bilhões para a construção de um grande complexo de fábricas de chips de computador nos subúrbios do norte de Syracuse.

Parte desses recursos apoiará a expansão da fábrica de chips da Micron em Boise, Idaho, conforme um acordo preliminar e não vinculativo com o Departamento de Comércio, anunciado por Schumer na noite passada.

Em outubro de 2022, a Micron anunciou um investimento de até US$100 bilhões para construir um megacomplexo com quatro fábricas de chips na cidade de Clay, potencialmente tornando-se o maior investimento privado individual da história de Nova York.

O objetivo do programa americano é posicionar os Estados Unidos para produzir cerca de 20% dos chips de ponta do mundo até 2030, reduzindo sua dependência externa, especialmente de Taiwan.