O funeral do Papa Francisco será realizado no próximo sábado, dia 26 de abril, às 10h (horário local) na Praça de São Pedro, no Vaticano. A cerimônia, que reunirá autoridades religiosas e chefes de Estado de diferentes países, marcará o fim de uma era no comando da Igreja Católica. A informação foi divulgada oficialmente pela Santa Sé nesta terça-feira (22), com detalhes sobre o velório, a celebração religiosa e o sepultamento do pontífice.

O velório começa já nesta quarta-feira (23), e o enterro ocorrerá conforme desejo pessoal de Francisco, rompendo com a tradição recente de sepultamentos papais. Diversos líderes mundiais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já confirmaram presença na cerimônia.

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Funeral do Papa Francisco reunirá chefes de Estado e multidão de fiéis

O funeral do Papa Francisco, que faleceu nesta semana, será um dos eventos mais solenes já realizados na Praça de São Pedro. A missa será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais, e contará com a participação de diversos patriarcas, cardeais, bispos e sacerdotes do mundo inteiro.

Durante a celebração, serão realizados os tradicionais ritos da Ultima commendatio e da Valedictio, que simbolizam o último adeus ao pontífice e dão início ao período litúrgico de luto conhecido como novendiales. Este período consiste em nove dias de missas consecutivas dedicadas à alma do Papa falecido.

Entre as autoridades que já confirmaram presença estão o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva; o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que virá com a ex-primeira-dama Melania Trump; o presidente argentino Javier Milei; e o presidente francês Emmanuel Macron. A presença de outras autoridades e chefes de Estado é esperada, tornando o evento um marco diplomático e religioso.

Velório começa na quarta-feira com cerimônia na Basílica de São Pedro

O corpo do Papa Francisco será velado a partir da manhã de quarta-feira (23). A partir das 9h (horário local), será feita a transferência do corpo da Casa Santa Marta, onde o pontífice residia, até a Basílica de São Pedro. A procissão será acompanhada de uma cerimônia de oração liderada pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Igreja Católica.

O cortejo seguirá por locais simbólicos como a Praça Santa Marta, a Praça dos Protomártires Romanos e o Arco dos Sinos, até a entrada central da basílica. A primeira cerimônia oficial será a Liturgia da Palavra, celebrada no Altar da Confissão, um dos pontos mais emblemáticos do Vaticano. Após essa celebração inicial, os fiéis poderão prestar suas últimas homenagens a Francisco, cujo papado foi marcado por posturas progressistas e gestos de aproximação com os mais pobres e excluídos.

Papa Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma

Após a missa de sábado, o corpo do Papa Francisco será levado à Basílica de Santa Maria Maior, localizada em Roma. O local foi escolhido pelo próprio pontífice, que expressou esse desejo ainda em vida. A escolha rompe com a prática recente que previa o sepultamento dos papas na Basílica de São Pedro, onde estão enterrados pontífices como João Paulo II e Bento XVI.

A Basílica de Santa Maria Maior possui forte ligação espiritual com Francisco. Foi um dos primeiros locais que ele visitou após sua eleição ao papado em 2013. Desde então, tornou-se um símbolo de sua devoção mariana e simplicidade pastoral.

O significado do funeral do Papa Francisco para o mundo

O funeral do Papa Francisco não será apenas um evento religioso, mas também um momento simbólico de transição para a Igreja Católica. Seu papado foi marcado por uma postura de diálogo inter-religioso, defesa dos imigrantes, enfrentamento da crise climática e combate às desigualdades sociais. Sua morte representa o encerramento de uma fase de modernização da instituição milenar.

A escolha de líderes de diferentes espectros políticos e regiões geográficas para comparecer ao funeral reforça o papel unificador que Francisco desempenhou durante sua trajetória. A presença de chefes de Estado de países como Brasil, Argentina, França e Estados Unidos evidencia a influência global do líder religioso, inclusive fora dos limites da fé católica.