A Revolusolar, organização sem fins lucrativos do Morro da Babilônia no Rio de Janeiro, está ganhando destaque internacional com sua participação no G20 Social. Este evento paralelo, criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oferece uma plataforma para grupos não governamentais apresentarem suas iniciativas de impacto social durante o fórum global das principais economias do mundo. O projeto de energia solar nas favelas, que vem transformando a vida de muitas famílias, agora busca expandir suas operações e obter apoio global para um futuro mais sustentável e justo.

Revolusolar: energia solar para comunidades carentes

O que começou como uma pequena iniciativa em 2015, com a instalação de painéis solares em cerca de 50 casas no Morro da Babilônia, se transformou em um projeto de grande alcance. A Revolusolar, que atende atualmente a comunidades em diversas regiões do Brasil, incluindo uma comunidade indígena na Amazônia, visa levar energia limpa e sustentável para populações em situações de vulnerabilidade social. Em 2025, a organização espera expandir sua atuação para 100 famílias, com um investimento de aproximadamente 1,5 milhão de reais.

A Babilônia, que está a poucos minutos da famosa praia de Copacabana, é uma favela que enfrenta desafios significativos, como o acesso limitado a serviços básicos e infraestrutura precária. O projeto de energia solar está ajudando a mudar essa realidade, proporcionando aos moradores uma alternativa de energia mais barata, eficiente e ambientalmente responsável. Além disso, a instalação dos painéis solares tem promovido a conscientização sobre a sustentabilidade nas favelas e demonstrado o impacto positivo que iniciativas sociais podem ter na vida das pessoas.

Participação no G20 Social: oportunidade de crescimento

No evento do G20 Social, que ocorreu durante o fórum do G20, o projeto Revolusolar recebeu grande visibilidade. O objetivo do G20 Social é permitir que organizações não governamentais tenham a chance de apresentar suas iniciativas para um público global, facilitando o acesso a financiamentos e parcerias importantes. A Revolusolar teve a oportunidade de dialogar com autoridades do Estado do Rio de Janeiro e com a primeira-dama Janja Lula da Silva, que participou da cerimônia de encerramento.

Adriano Hazad, morador do Morro da Babilônia e funcionário da Revolusolar, foi uma das principais vozes da organização no evento. Hazad acredita que a visibilidade internacional conquistada no G20 Social é uma excelente oportunidade para atrair novos recursos, parcerias e apoio governamental, acelerando o crescimento do projeto. “Quando somos vitrine para o mundo, acredito que é o momento de nos destacarmos e fazermos nosso projeto crescer”, afirmou Hazad, destacando o potencial de expansão e o impacto positivo nas comunidades.

Benefícios da energia solar nas favelas

O acesso à energia solar nas favelas brasileiras representa muito mais do que uma simples alternativa à energia elétrica convencional. Ao instalar painéis solares em locais como o Morro da Babilônia, a Revolusolar está proporcionando aos moradores a oportunidade de reduzir os custos com eletricidade e, ao mesmo tempo, colaborar com a preservação ambiental. A energia solar é uma fonte renovável e limpa, que contribui diretamente para a diminuição das emissões de carbono, um passo crucial para combater as mudanças climáticas.

Além disso, a energia solar nas favelas permite maior autonomia para as famílias e reduz a dependência de sistemas elétricos precários ou de fontes não sustentáveis, como geradores a diesel. Em uma favela como a Babilônia, onde a infraestrutura é limitada, ter acesso à energia solar pode ser um divisor de águas, melhorando a qualidade de vida e permitindo o desenvolvimento de outras atividades econômicas e educacionais.

Expansão do projeto e impacto nacional

A Revolusolar não se limita apenas ao Morro da Babilônia. Além de beneficiar a comunidade carioca, a organização já instalou painéis solares em mais oito comunidades ao redor do Brasil, incluindo uma na floresta amazônica, em uma aldeia indígena. Com planos para expandir seus serviços, a organização espera alcançar ainda mais famílias em 2025. O projeto, que depende de recursos financeiros e apoio do governo, busca transformar o acesso à energia sustentável em uma realidade para muitas outras favelas.

A participação no G20 Social representa uma oportunidade única para a Revolusolar ampliar sua rede de contatos e aumentar sua visibilidade, além de receber o apoio necessário para acelerar seus planos de expansão. A organização espera que, com o respaldo das autoridades e a atenção gerada pelo evento, seja possível alcançar as metas de instalação de painéis solares em mais 100 famílias. A Revolusolar também vê no evento uma chance de estabelecer novos convênios com outras organizações e empresas que possam contribuir com a execução do projeto.