A Eletrobras (ELET3) obteve a quantia de R$ 7 bilhões por meio da emissão de debêntures, com R$ 4 bilhões desses recursos advindos de títulos incentivados. Essa emissão se desdobrou em duas séries, sendo a primeira composta por títulos incentivados, que têm um prazo de oito anos, enquanto a segunda série consiste em debêntures não incentivadas com um vencimento de cinco anos.

As debêntures de infraestrutura terão uma taxa de remuneração equivalente a NTN-B 2030 mais 1% ao ano. Inicialmente, o plano era oferecer um spread maior de 1,3%. Por outro lado, as debêntures sem incentivo terão uma taxa de CDI mais 1,55%, ainda que o limite máximo fosse de CDI mais 2,15%.

Esta operação representa um dos maiores montantes já captados na história da empresa. A intenção da Eletrobras é alocar parte desses recursos em projetos de infraestrutura e direcionar outra parcela para a gestão rotineira de suas atividades comerciais.

Objetivo dos debêntures Eletrobras

O anúncio da emissão das debêntures ocorreu em agosto. A captação da primeira série tem como finalidade financiar projetos de investimento relacionados aos pagamentos de bonificações decorrentes das outorgas de certas usinas hidrelétricas, que são de propriedade da empresa ou de suas subsidiárias.

Devido à destinação desses recursos para obras de infraestrutura, a primeira série é classificada como debênture incentivada, o que significa que os ganhos obtidos pelos investidores individuais estarão isentos de tributação. Vale ressaltar que a nova série de debêntures da Eletrobras (ELET5) recebeu uma classificação de risco “brAAA” pela S&P Global.