Destaques corporativos desta sexta: Ambipar rebaixada e Gol e Azul encerram fusão
Nesta sexta-feira (26), Ambipar teve seu rating rebaixado para ‘D’ pela S&P após proteção judicial, enquanto Gol e Azul anunciaram o fim das negociações de fusão.
Foto: Divulgação
Nesta sexta-feira (26), o mercado acompanhou importantes movimentações corporativas no Brasil. Entre os destaques, a Ambipar (AMBP3) teve seu rating rebaixado pela agência S&P, enquanto Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4) anunciaram o fim das negociações de fusão. Além disso, Braskem (BRKM5) contratou assessores para reestruturação financeira, Cury (CURY3) anunciou pagamento de dividendos e Santander (SANB11) aprovou um novo programa de recompra de ações.
Ambipar (AMBP3) tem rating rebaixado após proteção judicial
A Ambipar enfrentou nesta semana um forte impacto no mercado financeiro. A S&P Global rebaixou o rating da empresa de “BB-” para “D”, uma classificação que equivale a um calote da dívida (default). O movimento aconteceu um dia após a companhia obter proteção judicial contra credores, medida que suspende cláusulas contratuais que poderiam antecipar vencimentos.
Segundo a agência de risco, a decisão é “equivalente a uma reestruturação geral da dívida”, justificando o rating “D”. O pedido de proteção ocorreu em meio a dificuldades de pagamento relacionadas a derivativos atrelados a green bonds, instrumento financeiro ligado a projetos sustentáveis.
No pregão da B3, as ações da Ambipar chegaram a cair mais de 40% e fecharam com perda de 24%, refletindo a preocupação do mercado com a situação financeira da empresa. Além disso, a S&P removeu todos os ratings da companhia do status de observação com implicações negativas, reforçando a gravidade do cenário.
Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4) encerram negociações de fusão
Outro destaque corporativo envolve o setor aéreo brasileiro. Gol e Azul comunicaram o fim das negociações para fusão, que haviam sido iniciadas no início deste ano com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MOU). O encerramento do projeto foi atribuído ao processo de recuperação judicial da Azul nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11.
A Gol explicou que “as partes não tiveram discussões significativas ou progresso em uma possível combinação de negócios por vários meses devido ao foco da Azul em seu processo de recuperação judicial”. Com isso, além do fim da fusão, o codeshare entre as companhias também será encerrado.
A Azul destacou, em nota, seu compromisso com o fortalecimento da estrutura de capital e afirmou que manterá acionistas e mercado informados sobre desdobramentos relevantes.
Braskem (BRKM5) busca reestruturação financeira
A Braskem, uma das maiores petroquímicas do Brasil, contratou assessores financeiros e jurídicos para buscar alternativas que otimizem sua estrutura de capital. A decisão vem em meio a um cenário de dificuldade, marcado por um prolongado ciclo de baixa na indústria e queda de competitividade no setor brasileiro.
Recentemente, a S&P rebaixou a nota de crédito da Braskem de “BB-” para “B+”, considerando a queima de caixa da companhia. As ações acumulam perda superior a 30% no ano, refletindo o impacto das pressões financeiras. A empresa pretende implementar iniciativas que aumentem a eficiência operacional e preservem a liquidez, embora a agência tenha alertado que a melhora de rentabilidade sozinha pode não reverter a queima de caixa nos próximos trimestres.
Cury (CURY3) anuncia pagamento de R$ 200 milhões em dividendos
A Cury informou que pagará R$ 200 milhões em dividendos aos acionistas, com base na data de 30 de setembro de 2025. As ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 1º de outubro e o pagamento ocorrerá em parcela única em 7 de outubro de 2025.
A iniciativa da Cury é um destaque positivo no cenário corporativo, evidenciando estabilidade financeira e retorno de valor aos acionistas mesmo em um mercado desafiador.
Santander (SANB11) aprova novo programa de recompra de ações
O conselho de administração do Santander aprovou a recompra de até 37,46 milhões de units ou ADRs, correspondendo a cerca de 1% do capital social do banco. O programa terá duração de 18 meses, até março de 2027, e permitirá que as aquisições sejam mantidas em tesouraria ou vendidas posteriormente.
As recompras ocorrerão na B3 e na Bolsa de Nova Iorque, garantindo flexibilidade à instituição. A medida segue o programa anterior, que expirou em agosto de 2025, e busca fortalecer o valor das ações e aumentar a atratividade para investidores.
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