A CPFL Energia (CPFE3) anunciou esta semana o pagamento da quarta parcela dos dividendos declarados na Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada no dia 26 de abril de 2023.

Nesse cenário, o valor a ser distribuído nesta etapa será de R$ 200 milhões, com a data de pagamento prevista para 30 de agosto.

No total, foram declarados R$ 3,1 bilhões em dividendos durante a AGO, o que equivale a R$ 2,753976596 por ação.

Vale destacar que os dividendos serão pagos aos acionistas que possuíam ações da CPFL até o dia 26 de abril. Desde o dia seguinte, as ações passaram a ser negociadas na B3 sob o regime “ex-dividendo”, ou seja, sem direito a esses dividendos.

Desempenho da CPL

No dia 11 de agosto, a CPFL divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), onde registrou um lucro líquido de 1,1 bilhão de reais no período, o que representa uma queda de 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Através do balanço da empresa, foi possível observar quedas no lucro e no Ebitda no segundo trimestre, impactadas principalmente pelos prejuízos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram as operações de distribuição, geração e transmissão de energia na região.

Apesar desses desafios, o CEO da companhia declarou que a velocidade de recuperação do Estado tem sido surpreendente.

Controlada pela chinesa State Grid, a CPFL reportou que seu Ebitda, que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, recuou 7,1% na base anual, totalizando 2,83 bilhões de reais. 

O indicador foi impactado negativamente em 112 milhões de reais devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. Esses eventos resultaram em baixa de ativos e aumento nos custos operacionais, à medida que a empresa lidava com os efeitos da tragédia climática.

Segundo Gustavo Estrella, CEO da CPFL, a companhia já enfrentou os principais desafios para recuperar os negócios no Rio Grande do Sul. Nos últimos meses, os serviços de distribuição foram restabelecidos para todos os clientes da RGE, a concessionária que responde por 65% da energia consumida no Estado.

A CPFL também registrou perdas de 21 milhões de reais no segundo trimestre devido aos cortes na geração de energia renovável em suas usinas, impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esses números refletem uma postura mais conservadora adotada pelo ONS no uso de fontes eólica e solar desde um apagão ocorrido em agosto do ano passado.

Por fim, a empresa divulgou que teve uma geração de 664 GWh de energia eólica no segundo trimestre, uma queda em relação aos 748 GWh registrados no mesmo período de 2023. A CPFL atribuiu essa diminuição tanto à redução dos níveis de vento quanto às restrições impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que resultaram em uma redução de 33 GWh no volume gerado.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.