A Kora Saúde (KRSA3) comunicou que os acionistas controladores da empresa, Fuji Brasil Partners IC e Viso Advantage, decidiram não seguir adiante com a oferta pública de aquisição de ações (OPA).

A decisão de não fechar o capital foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na última segunda-feira, quando a saída voluntária da companhia do Novo Mercado foi rejeitada pelos acionistas. 

Através de um comunicado, a administração da Kora Saúde afirmou que continuará buscando alternativas para reequilibrar sua estrutura de capital e implementar sua estratégia de crescimento.

Motivação para saída do mercado

Os controladores da Kora Saúde argumentam que a permanência da empresa no Novo Mercado da B3 “restringe algumas das alternativas disponíveis para o financiamento e a expansão das suas atividades”.

Entre essas alternativas, estão a possibilidade de captar recursos por meio da emissão de ações preferenciais e realizar operações de combinação de negócios com empresas nacionais e estrangeiras que não fazem parte do Novo Mercado.

Além disso, os controladores destacam que, desde o IPO, a Kora tem enfrentado dificuldades para manter o percentual mínimo de ações em circulação (free float) exigido pelo Novo Mercado. Eles mencionam que, após várias concessões de dispensa pela B3, a empresa atualmente possui um free float de 20,291% do capital social, praticamente no limite mínimo permitido para o segmento.

“Tal conjuntura também gera embaraços a potencial realização de aumentos de capital privados que dependam da participação do acionista controlador (dado que o não exercício da preferência pelos demais acionistas poderia gerar desenquadramento do free float mínimo), bem como a própria adoção de outras estratégias relevantes de interesse da companhia, como eventual recompra de ações de sua emissão”, afirmou a empresa.

Por fim, os acionistas acreditam que a saída voluntaria contribuirá de forma determinante para a execução das estratégias de financiamento e expansão da Kora, além de permitir a redução de custos regulatórios e a simplificação e otimização da estrutura organizacional.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.