Cielo irá fechar capital após OPA de R$4,3 bilhões; saiba mais
De acordo com informações da B3, os acionistas controladores da Cielo (CIEL3) concluíram nesta quarta-feira (14) o leilão da oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechar o capital da empresa, movimentando R$ 4,3 bilhões. Dessa maneira, o Bradesco e o Banco do Brasil, que já eram acionistas majoritários, lançaram a oferta para adquirir […]

De acordo com informações da B3, os acionistas controladores da Cielo (CIEL3) concluíram nesta quarta-feira (14) o leilão da oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechar o capital da empresa, movimentando R$ 4,3 bilhões.
Dessa maneira, o Bradesco e o Banco do Brasil, que já eram acionistas majoritários, lançaram a oferta para adquirir todas as ações que ainda não detinham, após anos de especulação sobre a possibilidade da empresa deixar de ser listada.
Durante o leilão, os credores adquiriram cerca de 736,86 milhões das 902,2 milhões de ações ordinárias ofertadas, superando o mínimo necessário para o fechamento de capital, segundo a B3.
As ações foram compradas por R$ 5,82 cada, o que confirma o preço à vista por ação de R$ 5,60 acordado anteriormente com acionistas minoritários, mais um ajuste pelo CDI.
Vale destacar que a liquidação da operação está prevista para ser realizada no dia 16 de agosto.
Após a conclusão da oferta pública de aquisição (OPA), a controladora da Cielo iniciará o processo de fechamento de capital da companhia. Isso inclui a conversão da classificação da empresa de categoria A para categoria B na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que significa que a Cielo deixará de ter autorização para emitir ações no mercado.
Motivo do fechamento do capital da Cielo
A Cielo, que já foi uma das ações mais desejadas da Bolsa brasileira, especialmente em uma época em que dominava o mercado de adquirência de cartões ao lado da Redecard, enfrentou uma reviravolta significativa ao longo dos anos. No seu auge, em meados de 2015, as ações da Cielo (CIEL3) chegaram a ser negociadas a R$ 31,90, refletindo seu status de destaque no mercado.
No entanto, a saída da Redecard do mercado após ser adquirida pelo Itaú em 2012 e a entrada de novos competidores como Getnet, Stone, e PagSeguro, começaram a pressionar a posição da Cielo. Com a intensificação da concorrência, a empresa perdeu espaço e passou a enfrentar desafios crescentes.
Os primeiros rumores sobre a deslistagem da Cielo surgiram em fevereiro deste ano, quando os controladores, Bradesco e Banco do Brasil, propuseram inicialmente pagar R$ 5,35 por ação. Esta oferta foi rejeitada pelos acionistas minoritários, levando a uma nova avaliação e um aumento no preço oferecido.
Agora, com a conclusão da oferta pública de aquisição de ações (OPA) e a iminente deslistagem da Cielo, o objetivo dos bancos controladores é integrar a empresa aos demais negócios da EloPar, proporcionando maior flexibilidade para oferecer pacotes combinados de maquininhas e serviços bancários. Fora da Bolsa, a Cielo será tratada mais como um produto dentro de uma estratégia integrada, do que como uma empresa independente com capital aberto.